Revelado ao mundo em junho, o Stratolaunch, futuro maior avião do mundo (assim que decolar pela primeira vez) realizou o primeiro testes com seus seis motores turbofan em meados de setembro.
Trata-se da primeira fase de testes desses motores e consiste numa sequência de eventos: primeiro ele é movimentado por uma unidade externa de energia, depois ele é abastecido de querosene e, por fim, ligado de fato e mantido em “idle” (algo como ponto morto). Cada um dos seis motores Pratt & Whitney PW 4056 (o mesmo usado pelo Boeing 747) passou por esse processo de forma individual desta vez. De acordo com a empresa, de propriedade de Paul Allen, um dos fundadores da Microsoft, tudo correu bem.
Além dos motores em si, foram avaliados os tanques de combustível, que foram completados para verificar se estavam estanques, e também as superfícies de controle nas asas e estabilizadores. O próximo passo será testar os sistemas hidráulico, elétrico e de detecção de incêndio, que só podem ser realizados com os motores funcionando.
Os motores continuarão sendo testados em situações cada vez mais próximas de operação, o que levará o Stratolaunch a taxiar pela primeira vez. O cuidado da empresa em executar cada fase de forma prudente impede que sejam fornecidas datas para que isso ocorra. Apesar disso, é provável que o gigante voe pela primeira vez até 2019.
Lançador de foguetes
Projetado por Burt Rutan, famoso pelos aviões construídos em materiais compostos, o Stratolaunch nasceu com o desafio de ser uma alternativa mais eficiente aos lançamentos de foguetes de plataformas terrestres. A técnica usada por ele já foi testada com sucesso por outros aviões menores: decola-se com o foguete a reboque, voa-se até uma altitude ideal e o artefato é liberado para que, acionado, seus foguetes de propulsão, possa atingir o espaço com menor esforço do que se partisse do chão.
Mas o Stratolaunch levará esse conceito a um patamar inimaginável. Com peso vazio de quase 230 toneladas, o avião poderá ser capaz de levar cargas mais pesadas que ele próprio – estima-se que seu peso máximo de decolagem ficará na casa das 600 toneladas. De fato, é basicamente o mesmo peso do atual maior avião do mundo, o Antonov An-225 Mryia, porém, o jato ucraniano só pode levar sua carga internamente e com limitações em suas dimensões.
Já o Stratolaunch levará sua carga em suportes entre as duas fuselagens, a razão para adotar tal configuração tão heterodoxa. A empresa de Paul Allen já garantiu ao menos um cliente, o foguete Pegasus XL da empresa Orbital ATK.
O imenso avião de seis motores, no entanto, terá de disputar espaço com outras propostas semelhantes como a bancada pelo dono da Virgin Galactic, o bilionário britânico Richard Branson, cuja sede é vizinha à Stratolaunch Systems, no aeroporto de Mojave, interior da California. A rival planeja uma ideia mais simples: adaptar um Boeing 747-400 para essa função. Será uma guerra de gigantes.
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Esse avião vai ficar muito lindo, sera um novo patama para aviação mundial e para a engenharia da aviação