O Fujian, primeiro porta-aviões completamente desenvolvido pela China, iniciou testes no mar nesta quarta-feira, 1º de maio. Ele é o terceiro navio aeródromo da Marinha da China, mas é bem maior e mais avançado que os porta-aviões Shandong e Liaoning.
Também conhecido como “Type 003”, o novo porta-aviões deixou o Estaleiro Jiangnan, em Xangai, pouco depois das 8h (horário local), como mostra um vídeo divulgado pela mídia estatal.
Os testes no mar são a última etapa de desenvolvimento do porta-aviões antes de a embarcação ser comissionada. A previsão é que isso ocorra em meados de 2025.
China’s new and largest aircraft carrier, Fujian, has begun sea trials. The vessel is expected to be commissioned in 2025 pic.twitter.com/t1AM13RiNR
— Air Data News (@airwayaviation) May 1, 2024
Equipado com catapultas eletromagnéticas, o Fujian é o maior porta-aviões desenvolvido fora dos Estados Unidos, com cerca de 80.000 toneladas de deslocamento e 320 metros de comprimento.
Novos aviões a bordo
Como citado, o porta-aviões lançará seus aviões por catapulta, sistema que permite que aeronaves mais pesadas e armadas possam operar a bordo dele.
O Shandong e o Lianong, derivados de um classe de porta-aviões da Rússia, lançam seus aviões por uma rampa chamada de “sky-jump”, que limita seu raio de ação.
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Não por menos, a China tem desenvolvido novas aeronaves que farão parte da ala aérea do Fujian, entre eles o avião de alerta aéreo antecipado KJ-600, similar ao E-2 Hawkeye, da Marinha dos EUA, e o caça furtivo J-35, atualmente em testes.
Além disso, é esperado que o caça J-15, que é usado nos outros dois porta-aviões, também esteja a bordo do Fujian, decolando por catapultas.
Propulsão convencional
A Marinha do Exército Popular do Povo (PLA) seguiu praticamente o roteiro de construção dos porta-aviões dos Estados Unidos e com isso pretende projetar seu poder em uma região muito mais ampla, como faz a Marinha dos EUA.
O Fujian, no entanto, carece de uma tecnologia importante, a propulsão nuclear, utilizada por toda a numerosa frota de porta-aviões norte-americanos.
Em vez disso, o porta-aviões chinês é propulsionado por turbinas a vapor convencionais, que obrigam o navio a ser reabastecido em intervalos menores.