A companhia aérea Gol apresentou oficialmente nessa terça-feira (29) no aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), seu primeiro jato de nova geração Boeing 737 MAX 8. A aeronave é a primeira das 135 unidades que a empresa vai receber até 2027, incluindo 30 modelos 737 MAX 10.
O primeiro 737 MAX da Gol chegou ao Brasil no início de julho e já realizou uma série de voo domésticos. A principal função do novo jato, porém, serão rotas internacionais: nos próximos meses a companhia vai iniciar três novos trechos para o exterior (dois para os EUA e um para o Equador). Para atender essa demanda a empresa vai receber seis aviões até o final deste ano.
“A Gol queria um avião com alcance superior e maior capacidade comparado ao 737 NG. O novo 737 MAX 8 pode voar por mais 500 milhas e oferece novas opções de configuração”, explicou Ricardo Caveiro, diretor de vendas da Boeing na América Latina. “As principais diferenças do 737 MAX é o consumo de combustível, bem menor. Em segundo é um avião completamente atualizado a nível de sistemas, o que aumentou a confiabilidade da aeronave e, por fim, tem interior reformulado para oferecer aos passageiros uma nova experiência mais confortável.”
Segundo dados da Boeing, o 737 MAX é até 15% mais eficiente em consumo de combustível comparado ao modelo da geração anterior, o 737 NG (a Gol opera os modelos 737-700 e 737-800 da série NG). Os principais recursos que ajudam a reduzir o “apetite” do avião por querosene são os novos winglets, dispositivos aerodinâmicos nas pontas das asas, e os motores de nova geração.
A cabine, ainda com cheiro de avião novo, contém poucas novidades, mas algumas são bem interessantes. Os toaletes, por exemplo, são equipados com um sistema especial de iluminação que mata bactérias e, para alegria das mulheres, há mais espelhos. Os assentos tem o novo padrão da companhia, com poltronas revestidas em couro cinza, mas as mesinhas reclináveis agora contam com um apoio específico para tablets e uma entrada USB frontal – no 737 NG a tomada USB fica “escondida” na parte inferior dos assentos. O novo jato da Gol comporta até 186 passageiros, mesma capacidade dos 737-800 em operação.
Um 737 MAX a cada 40 dias
Em conversa com a imprensa após a apresentação da aeronave, Paulo Sérgio Kakinoff, presidente da Gol, contou que o 737 MAX será uma importante ferramenta da companhia nos próximos anos. “Vamos receber em média uma aeronave a cada 40 dias até 2027”, anunciou o executivo.
“Com a chegada do 737 MAX à frota da Gol fundamentalmente mudam duas coisas: a expansão da malha, pois esse avião tem alcance de uma hora e meia a mais de voo, justamente pela redução do consumo de combustível, e a possibilidade de voar para novos destinos. Esse avião tem potencial para abrir novas rotas pela América Latina e Central, Caribe e até no sudoeste dos Estados Unidos”, disse Kakinoff.
O presidente da Gol ressaltou que a princípio o principal objetivo da companhia com o 737 MAX é aproveitar seu maior alcance de voo em trechos internacionais.
“Aproximadamente 80% da capacidade que será gerada pelos novos aviões ao longo dos próximos três anos será alocada para novos destinos internacionais. Podem ser mais frequências para destinos que já voamos e novos destinos também seguramente. Vamos lançar em média um novo destino internacional a cada semestre”, afirmou Kakinoff.
A longo prazo, toda a frota da Gol será renovada com jatos da nova série MAX – a companhia opera atualmente 119 jatos 737-700 e 737-800. Firme na posição em manter uma frota unificada, a companhia vai mudar ligeiramente essa posição com o 737 MAX 10, que será o maior 737 nos mais de 50 anos do tradicional jato comercial da Boeing, com capacidade para até 240 passageiros.
“O 737 MAX 10 é a aposta para a continuação do crescimento. É um avião que vai conectar os hubs mais densos nos horários mais movimentados. Ele vai movimentar a massa crítica de passageiros que a própria empresa gera”, finalizou o presidente da Gol.
A Gol não se envergonha de pôr no mercado aviões ‘pé duro’ sem nenhum conforto para os passageiros?
Já viajei para os EUA em um 737 com esposa e bebê de colo por mais de dez horas, pois o avião precisou reabastecer no caminho. Eu tenho 1,84m imaginem o que passei naquele avião apertado, sem entretenimento e nenhum conforto.
A empresa não tem nenhuma preocupação com seus clientes.
Quando chegou no mercado os preços eram extremamente baixos então até valeria sofrer em algumas situações naquele avião, mas hoje as tarifas das companhias são similares.
JR Recife, se as tarifas oferecidas pela Gol são mais ou menos parecidas às das outras companhias para voar em um avião apertado, cedo ou tarde as pessoas vão se dar conta disso e irão optar pelas outras cias. Aliás, me pergunto por que você optou por voar pela Gol se havia outras opções.