A brasileira Gol e a colombiana Avianca anunciaram nesta quarta-feira, 11, um acordo entre seus acionistas para formar uma holding que controlará as duas empresas. O novo grupo, chamado de Abra, tem como objetivo ser “líder em transporte aéreo na América Latina”.
No comunicado, as empresas ressaltaram que a Gol e a Avianca continuarão a operar separadamente “mantendo suas respectivas marcas e cultura”.
A expectativa é que a transação entre Gol e Avianca seja efetivada no segundo semestre de 2022, segundo informações da agência Reuters. Como é necessário neste tipo de acordo, ele ainda será avaliado por autoridades regulatórias.
“Os clientes se beneficiam das melhores tarifas, acesso a mais destinos, voos mais frequentes e conexões perfeitas e a capacidade de ganhar e usar pontos em LifeMiles e Smiles, os programas de fidelidade líderes de mercado das marcas”, disseram as aéreas, em comunicado.
Atualmente, a Avianca opera com 100 aeronaves na Colômbia, em sua maioria A320, com 55 unidades do A320-200 e 13 A320neo. A Gol, por sua vez, conta com 142 aeronaves, todas Boeing 737. Desse total, 32 são Boeing 737 Max.
Como a Avianca ainda possui operações em outros países, e também somando os aviões da Viva, a frota total do Agra Group será ainda maior.
Diretoria da Abra
Constantino de Oliveira Júnior, fundador da Gol, será designado como CEO do Abra Group, enquanto Roberto Kriete, atualmente no comando da Avianca, assumirá como presidente. Adrian Neuhause e Richard Lark estarão no cargo de co-presidentes.
“Este acordo coloca as companhias aéreas da Abra em posição de liderar as viagens aéreas na região – atendendo a uma população de mais de um bilhão e PIB de quase três trilhões de dólares – oferecendo oportunidades significativas de capacidade e crescimento da receita”, disse Constantino, CEO do Abra Group.
Recentemente, a A Avianca também chegou a um acordo para assumir a empresa de baixo custo Viva a fim de que esta passe a integrar o Avianca Group. A nova holding informou que detém 100% de participação econômica não controladora nas operações da Viva na Colômbia e no Peru, bem como dívida conversível representando um investimento minoritário na Sky Airline do Chile.