A Gol obteve um prazo extra de 30 dias para negociar os contratos de leasing dos jatos Boeing 737 arrendados pela empresa AerCap, de acordo com documentos enviados à Justiça dos EUA, onde corre seu processo de recuperação judicial.
Agora a companhia aérea brasileira tem até 25 de março para tentar um acordo com a empresa irlandesa, que tem 39 aeronaves operando com a Gol.
O prazo original, segundo a Convenção da Cidade do Cabo, que rege os acordos de leasing, prevê apenas 30 dias após o anúncio da concordata – a Gol havia dado entrada no processo em 25 de janeiro. Mas há possibilidade de prorrogação.
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O Capítulo 11, legislação de concordatas dos EUA, prevê um período maior para que a devedora e seus credores cheguem a uma solução antes que seja preciso devolver aviões.
Demanda em alta
Com uma frota de cerca de 140 aeronaves, a Gol só seria dona de duas delas, ou seja, qualquer devolução de seus 737 pode afetar a operação e, consequentemente, a receita financeira.
A prorrogação ocorre em meio a uma grande demanda por jatos comerciais de segunda mão, causada pela recuperação dos voos e também pela dificuldade de Boeing e Airbus entregarem aeronaves novas.
Ao mesmo tempo, há procura por tripulantes com experiência no Boeing 737, como ocorreu com a Arajet, uma nova low-cost da República Dominicana, que veio ao Brasil em busca de contratar pilotos e mecânicos do modelo MAX.