A Gol Linhas Aéreas revelou nesta segunda-feira, 27, um novo plano financeiro para os próximos cinco anos, mais um passo para tentar deixar o processo de recuperação financeira, o “Chapter 11”, iniciado em janeiro.
Para sair da concordata, a empresa aérea planeja refinanciar US$ 2 bilhões em dívidas além de expandir o capital em US$ 1,5 bilhão com emissão de novas ações
Também avaliará outras oportunidades oferecidas pelo mercado e que, dizem analistas, podem envolver uma aquisição por parte da concorrente Azul.
As duas companhias aéreas anunciaram um acordo de codeshare na semana passada e que é visto como um primeiro passo para uma potencial fusão.
Frota de aeronaves modernizada e expandida
A Gol também previu que chegará a uma frota de 169 jatos Boeing 737, a grande maioria do modelo MAX, mais eficiente, em 2029. Trata-se de um crescimento de 20% comparado aos 141 aviões que ela possuía em 2023.
Atualmente a Gol voa com 137 aeronaves, sendo 46 737 MAX e os demais, 737 NG.
A empresa aérea revelou ter fechado acordos com arrendadores que incluem 113 aeronaves e 48 motores até esta semana. Outras ofertas estão sendo analisadas pelo restante da frota, disse a Gol.
Na visão dos executivos da Gol, a situação financeira terá uma piora em 2024, com margem de lucro em queda, para então iniciar uma recuperação que em 2029 prevê um faturamento total de 30 bilhões de reais e uma margem EBITDA (lucro antes de impostos) de 34% ante 23% atualmente.
As ações da empresa, que é terceira maior companhia aérea brasileira em tráfego doméstico, caíram na segunda-feira após uma recuperação na semana passada com o anúncio do codeshare com a Azul.