A Gol anunciou na terça-feira, 1º, que quitou o empréstimo de US$ 300 milhões (R$ 1,6 bilhão) mais juros de um contrato fechado em agosto de 2015, afastando temores no mercado de que a companhia aérea brasileira não teria condições financeiras para isso. Segundo a empresa, o prazo médio da dívida de longo prazo, excluindo arrendamento de aeronaves, é agora de quatro anos.
“Não temos vencimentos significativos de dívida até 2024”, afirmou Richard Lark, Diretor vice-presidente financeiro. “Isso é um reflexo do compromisso da companhia para fortalecer seu balanço patrimonial nos últimos quatro anos”.
A Gol afirma ter encerrado agosto com R$ 5,7 bilhões de liquidez total e R$ 2,1 bilhões em caixa, já descontado o valor pago pelo empréstimo. A confirmação da quitação da dívida fez as ações da Gol subirem nesta terça-feira, assim como da Delta Air Lines, que era fiadora do empréstimo quando as duas empresas eram parceiras.
Apesar de ter vendido as ações da Gol no ano passado por conta do acordo fechado com a LATAM, a Delta se manteve como avalista no empréstimo. Na semana passada, a agência Reuters publicou artigo em que analistas de mercado consideravam grande o risco de um calote da dívida já que as duas companhias aéreas estão tendo prejuízos diários com a operação em meio à pandemia do coronavírus.
Até antes dessa notícia, a companhia aérea brasileira parecia inabalável em sua estratégia para sair da crise que afetou a aviação comercial de maneira inédita. A Gol liderou as estatísticas de passageiros em julho e planeja chegar a 80% da sua malha original em dezembro.
A empresa também se prepara para voltar a contar com o jato 737 MAX 8, que está aterrado desde março de 2019 por conta de problemas de segurança. A aeronave da Boeing encontra-se na reta final de recertificação e deve ter autorização para operar novamente em outubro, segundo estimativas. A Gol, por sua vez, tem planos de utilizar sua frota de sete unidades a partir de dezembro.
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Pra desespero dos cavaleiros do apocalipse!