Em meio a discussões entre os governos federal, estadual e a prefeitura do Rio de Janeiro para direcionar o tráfego aéreo do Aeroporto Santos Dumont para o Galeão, a Gol anunciou nesta quarta-feira (12) o retorno dos voos entre Congonhas e o terminal aéreo internacional carioca.
A retomada da ligação ocorrerá a partir de 1º de setembro, com três voos diários entre os dois aeroportos. A companhia não citou qual equipamento usará na rota, no entanto.
O acréscimo dos novos voos ampliará a malha da Gol entre São Paulo e o Rio de Janeiro para 37 voos diários. A maior parte deles compreende a ponte aérea Congonhas-Santos Dumont, com 24 frequências, além de cinco voos entre Guarulhos e Galeão e outros cinco para o aeroporto central do Rio.
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O principal benefício dos novos voos para o Galeão é fazer uso das possibilidade de conexões, sobretudo internacionais já que há uma malha expressiva de ligações para o exterior no Rio. A Gol possui acordos de code-share com a American Airlines, Air France-KLM, Aerolíneas Argentinas e Avianca, entre outras, abrindo mais possibilidades aos passageiros.
Os horários dos voos estão distribuídos pela manhã, tarde e noite – confira imagem.
“A GOL retoma a operação na rota para atender a uma demanda de
passageiros locais que querem essa opção para voar
entre Rio e São Paulo, mas também para abrir uma gama de novas
conexões nacionais e internacionais em nossa malha aérea usando os
aeroportos do Galeão e de Congonhas como pontos estratégicos de
parada”, disse Bruno Balan, gerente de planejamento estratégico de
malha aérea da companhia.
Restrições em Santos Dumont
O Aeroporto do Galeão tem enfrentado uma brutal queda na demanda de passageiros sobretudo após a pandemia quando o Santos Dumont absorveu vários voos. A malha internacional tem se recuperado em 2023, mas os voos domésticos ainda estão muito abaixo dos níveis do passado.
A falta de passageiros acaba afetando também os voos internacionais, que não atraem passageiros em trânsito. Enquanto isso, o Santos Dumont está abarrotado a despeito das limitações físicas.
Administrado pela Infraero, o terminal central deveria ter sido leiloado no ano passado, mas o governo federal mudou o edital a fim de buscar uma solução conjunta para os dois maiores aeroportos do Rio.
Agora os três níveis de governo negociam uma mudança que barrará voos no Santos Dumont que não seja para Congonhas e Brasília. Com isso, a maior parte da malha aérea migrará para o Galeão. A medida ainda será oficialmnte anunciada.