Gol vai vender 13 jatos 737 NG e acelerar aquisição dos 737 MAX

Companhia planeja encerrar o próximo ano com 34 aeronaves Boeing 737 MAX 8 na frota
Boeing 737 MAX da Gol
Boeing 737 MAX da Gol (Gol)
(Gol)
A Gol já conta com 6 jatos 737 MAX na frota; a encomenda total é de 135 aeronaves (Gol)

A Gol está empolgada com o desempenho dos novos jatos 737 MAX 8, tanto que anunciou nesta sexta-feira (27) que vai acelerar o processo de aquisição das aeronaves de nova geração da Boeing. Em comunicado, a companhia avisou que vai vender 13 modelos 737 NG entre 2019 e 2021 e ao mesmo tempo aumentar o ritmo de obtenção dos novos aviões substitutos, que são mais eficientes.

“A Gol manterá sua disciplina de capacidade e esta transação reforça a flexibilidade do plano de frota da companhia”, disse Celso Ferrer, diretor vice-presidente de planejamento da Gol. A companhia ainda explicou que a renovação na frota não irá alternar a capacidade operacional, uma vez que os 737 NG serão dispensados e substituídos simultaneamente pelos novos 737 MAX 8.

A devolução acelerada dos NG permitirá a Gol terminar 2019 e 2020 com 24 e 34 aeronaves MAX na sua frota, respectivamente. Até 2023, mais de 40% da frota da companhia será composta por modelos 737 MAX, informou a empresa. Ao todo, a companhia encomendou 135 jatos da nova família MAX, incluindo ainda 30 modelos 737 MAX 10, que será o maior 737 de todos os tempos, capaz de embarcar até 230 passageiros.

Comparado ao 737-800 NG da Gol, o novo 737 MAX 8 diminuiu o consumo de combustível nas rotas da companhia em aproximadamente 15% e nos próximos cinco anos a transição para o novo jato deverá aumentar a produtividade da companhia em 24%. “Além de menor consumo de combustível, o aumento do alcance do 737 MAX-8 permite à Gol diversificar ainda mais sua malha aérea e operar voos internacionais para os Estados Unidos e México”, adicionou Ferrer.

A introdução do 737 MAX permitiu a Gol retomar suas frequências para os EUA, interrompidas em 2015, mas desta vez em voos diretos – antes era necessário fazer uma escala de reabastecimento da América Central. A empresa voa atualmente todos os dias para Orlando e Miami com saídas de Brasília (DF) e Fortaleza (CE).

“As monetizações das nossas aeronaves 737-800 NGs permitem a GOL acelerar a redução da alavancagem em seu balanço”, disse Richard Lark, diretor vice-presidente financeiro da companhia aérea. A venda destas 13 aeronaves reduzirá a dívida liquida da Companhia em aproximadamente R$1,1 bilhão, composto de uma redução de R$510 milhões em divida de arrendamento financeiro e um aumento de R$580 milhões em liquidez de caixa.

Veja mais: Latam deixara de voar para os EUA a partir do Rio de Janeiro

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