O governo brasileiro confirmou por meio de nota conjunta do Ministério da Defesa, Marinha do Brasil e Advocacia Geral da União a decisão de afundar o ex-porta-aviões São Paulo, a despeito de protestos de organizações ambientais.
Segundo ele, o casco da embarcação será alijado em Zona Econômica Exclusiva do Brasil, fora de área de proteção ambiental e livre de interferências como cabos submarinos ou que tenham previsão de projetos sobre águas.
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O local exato não foi revelado, mas possui cerca de 5 mil metros de profundidade e está a 350 km da costa brasileira, onde o navio foi levado pelo Navio de Apoio Oceânico “Purus” em 20 de janeiro.
As entidades envolvidas no caso tentaram justificar a decisão ao culpar o estaleiro turco SÖK Denizcilik pela situação irrecuperável da embarcação.
Segundo o governo, a Marinha e o IBAMA tentaram dar um fim ambientalmente sustentável ao navio, mas que após o governo turco suspender a autorização para entrada do porta-aviões em suas águas territoriais teve de determinar o retorno do casco ao Brasil.
A Marinha diz ainda que realizou uma perícia no casco do porta-aviões para verificar a integridade do casco e as condições de flutuabilidade e estabilidade.
Diante das avarias encontradas, Autoridade Marítima Brasileira (AMB) determinou que a SÖK a manutenção de um seguro para o casco assim como a apresentação de um contrato para atracação e reparo da embarcação.
Degradação das condições de flutuabilidade e estabilidade
A AMB diz ainda que apresentou ao estaleiro uma lista de empresas e locais onde o reparo poderia ser feito, mas que não poderia interferir em negociações privadas.
“Diante da inércia do proprietário em atender aos requisitos determinados pela AMB e da iminente possibilidade de abandono do casco no mar, a AMB realizou nova inspeção pericial no casco, na qual foi constatada uma severa degradação das condições de flutuabilidade e estabilidade”, diz trecho da nota.
Por fim, o Ministério da Defesa, a Marinha e a AGU consideraram que o casco acabará afundando diante da situação precária em que se encontra e que “não é possível adotar outra conduta que não o alijamento do casco, por meio do afundamento planejado e controlado”.
O governo, no entanto, não revelou quando o procedimento de naufrágio controlado do antigo porta-aviões ocorrerá, mas afirmou que tomará todas as medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis para isso.
Entenda a cronologia do caso:
- Confirmado: Porta-aviões São Paulo partiu do Brasil nesta quinta-feira rumo ao desmanche
- Vendido como sucata, porta-aviões São Paulo é proibido de entrar na Turquia
- IBAMA pede o retorno do porta-aviões São Paulo ao Brasil
- Após ser barrado pela Turquia, porta-aviões São Paulo está voltando ao Brasil
- Novo destino: casco do ex-porta-aviões São Paulo ruma para Pernambuco
- Casco do porta-aviões São Paulo é impedido de atracar em Suape
- Casco do porta-aviões São Paulo pode ser abandonado no mar
- Organizações ambientais temem que Marinha do Brasil afunde o ex-porta-aviões São Paulo
Bom, já que vamos afundar, seria uma ótima oportunidade de equipar nosso caça Gripen e disparar contra o Nae São Paulo como exercício de guerra.