A Mexicana de Aviación, companhia aérea fundada em 1921 e que suspendeu operações em 2010, deve voltar a voar ainda neste ano, segundo planos do presidente do México, Andrés Obrador.
Para isso, a Secretaria de Defesa Nacional acertou na semana passada a compra do espólio da transportadora, após acordo com os sindicatos de ex-funcionários.
Entre os ativos adquiridos estão a marca Mexicana, um centro de treinamento, dois edifícios, uma oficina e um simulador de voo. O valor total chegaria a 817 milhões de pesos, ou cerca de R$ 223 milhões.
O plano do atual governo federal mexicano é relançar a Mexicana de Aviación sob controle estatal e para isso já estaria discutindo o leasing de jatos Boeing.
Voos para o Brasil
Obrador, que estaria descontente com as empresas aéreas privadas mexicanas, entre elas a Aeromexico, pretende que a nova Mexicana de Aviación assuma 11% do mercado de viagens aéreas no país.
Um ano antes de encerrar suas operações, a Mexicana possuía uma frota de 110 aeronaves e havia transportado 11 milhões de passageiros, 40% deles em rotas internacionais.
Entre os aviões operados estavam jatos da família A320, incluindo o A318, o Boeing 757 e 767, o DC-10 e dois A330-200.
A empresa aérea foi membro da Star Alliance até 2009 quando a trocou pela Oneworld. Várias tentativas de reviver a Mexicana foram feitas nos anos seguintes, mas sem sucesso.
A Mexicana, que chegou a se unir à Aeroméxico por algum tempo, operou no Brasil até fechar as portas.
Na época, as duas empresas mexicanas ligavam os dois países sem que houvesse uma contrapartida nacional. Atualmente, a LATAM voa diariamente a partir de São Paulo para a Cidade do México.