Governo dos EUA aprova venda de 24 caças F-16 para a Argentina

Aeronaves pertencem hoje à Dinamarca, que as está substituindo pelos F-35. Pacote também inclui quatro aeronaves P-3, de patrulha marítima da Noruega
Caças F-16 da Real Força Aérea Dinamarquesa (RDAF)

O governo dos Estados Unidos aprovou a venda de 24 caças F-16 Fighting Falcon de segunda mão para a Argentina, de acordo com a mídia do país.

A informação foi divulgada pela Secretária Adjunta de Segurança Regional do Departamento do Estado, Mira Resnick, nesta semana. Ela afirmou que a assinatura do acordo de venda “é do interesse dos EUA”.

Os caças F-16 pertencem atualmente à Dinamarca, que os está substituindo pelos F-35, ambos da Lockheed Martin. O pacote norte-americano também inclui quatro turboélices P-3 Orion aposentados pela Noruega.

O número de caças é quase o dobro do que oferecem a Índia (HAL Tejas) e a China e o Paquistão (JF-17), mas que são aeronaves novas.

United States approves sale of 24 second-hand F-16 fighters to Argentina 

O governo Biden também tenta aprovar um financiamento de US$ 40 milhões para ajudar o negócio com a Argentina, disse o jornal La Nación.

Além disso, o pacote inclui os mísseis AIM-9 Sidewinder e AIM-120 AMRAAM, considerados mais modernos que os usados pela Força Aérea Argentina.

O caça JF-17 Bloco III (Chengdu)

Influência chinesa

Segundo a imprensa argentina, o esforço dos EUA seria uma forma de reduzir a influência da China na região. O caça JF-17 sempre foi considerado o favorito na concorrência para substituir os caças Mirage III, aposentados em 2015.

Desenvolvido em parceria com o Paquistão, o caça da Chengdu e da PAC possui recursos avançados, mas não se equipara às aeronaves mais usadas pela Força Aérea do Exército Popular da China (PLAAF).

P-3 norueguês: força aérea do país escandinavo aposentou o modelo neste ano (Divulgação)

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Caberá ao governo da Argentina decidir se aceita a oferta dos EUA, porém, o assunto é delicado por conta da proximidade das eleições presidenciais no país, marcada para 22 de outubro.

O atual governo, de esquerda, está atrás do candidato de extrema direita nas pesquisas. O presidente argentino, Alberto Fernández, que não concorre, tem visita à China marcada para os próximos dias.

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