A TAP Air Portugal terá ao menos 51% do seu capital oferecido a empresas privadas, em um leilão que deverá ocorrer em 2024, informou o governo português nesta quinta-feira (28).
A informação foi divulgada pelo Ministério de Finanças que, por meio do Conselho de Ministros, aprovou as condições iniciais de reprivatização da companhia aérea.
Segundo o ministro da pasta, Fernando Medina, o novo proprietário da empresa deverá garantir “o crescimento da TAP e do hub nacional” e “assegurar o investimento e emprego em atividades de alto valor no setor da aviação”.
Embora a percentagem mínima a ser oferecida seja de 51%, o que garante o controle da transportadora, o governo reservou 5% das ações ao funcionários da empresa.
Outros requerimentos estabelecidos estão o aumento dos voos ‘ponto a ponto’ e da oferta em aeroportos com capacidade subutilizada como em Porto.
Leilão em 2024
Medina salientou que a melhor proposta não será exatamente a de maior valor e sim a que garantir as condições de estabelecidas no futuro edital.
“Queremos investidores de escala do setor aeronáutico, por si ou em consórcios por si liderados, que estejam alinhados com os nossos objetivos estratégicos. Não pretendemos atrair puros investimentos de natureza financeira que venham a procurar entrar na TAP para depois posteriormente a alienar, ou então poder alienar partes e no fundo retirar o contributo estratégico da TAP para o país”, disse.
A meta agora é que apresentar o caderno de encargos da licitação entre o final de 2023 e o começo de 2024. Grandes grupos de aviação europeus são esperados na disputa como a Air France-KLM, o IAG e a Lufthansa.
Siga o AIRWAY nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
Atualmente, a TAP opera uma malha de voos concentrada na Europa e rotas de longa distância para a América do Norte, África e sobretudo o Brasil, por conta das relações históricas entre os dois países.
A frota consiste em 102 aeronaves, a grande maioria fornecida pela Airbus.