O Primeiro Ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, anunciou na sexta-feira, 11, um plano de expansão de suas forças armadas que inclui a compra de quatro fragatas, quatro helicópteros e também 18 caças Rafale, da França. A Dassault, fabricante da aeronave, confirmou o acordo no dia seguinte afirmando que o “o anúncio ilustra a força da parceria que uniu a Força Aérea da Grécia e a Dassault Aviation por mais de 45 anos e demonstra o relacionamento estratégico duradouro entre a Grécia e a França”.
“Estou muito satisfeito com este anúncio, que reforça a relação excepcional que mantemos com a Grécia há quase meio século, e agradeço mais uma vez às autoridades gregas a sua confiança em nós. A Dassault Aviation está totalmente mobilizada para atender às necessidades operacionais expressas pela Força Aérea da Grécia, assim, contribuir para garantir a soberania da Grécia e a segurança do povo grego”, disse Eric Trappier, CEO da Dassault Aviation.
Segundo Mitsotakis, os primeiros caças Rafale serão entregues ainda em 2021, um sinal claro da urgência da Grécia em reforçar seu arsenal militar diante do aumento das tensões com a Turquia a respeito de reservas de gás no Mediterrâneo.
Cliente tradicional
A Força Aérea Helênica é uma cliente bastante antiga da Dassault. A primeira encomenda de caças ocorreu em 1974 quando foram adquiridos 40 Mirage F1. Em 1985, a Grécia voltou a selecionar a fabricante francesa para fornecer 40 caças Mirage 2000. Quinze anos depois, a Grécia adquiriu mais 15 unidades do Mirage 2000-5 e ainda fechou um programa de modernização para parte deles.
Apesar dos laços com a Dassault, o principal caça da Grécia é o Lockheed Martin F-16 C/D, do qual existem cerca de 155 aeronaves operacionais. Além disso, os gregos mantêm ativos pouco mais de 30 veteranos jatos F-4 Phantom II. Introduzido em 2001, o Rafale é hoje operado apenas por quatro países, a França, Índia, Egito e Qatar.
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