A Hangar 33, grife de moda inspirada no universo da aviação, anunciou tem uma nova peça rara em seu acervo de aeronaves: uma réplica do Demoiselle, avião projetado em 1907 por Alberto Santos Dumont.
A reprodução do Demoiselle foi adquirida recentemente pela marca de roupas do Instituto Arruda Botelho (IAB), que construiu o modelo em 2006. E sim, ele está condições de voo.
“A chegada da Demoiselle, uma aeronave de enorme importância histórica em plena atividade, nos inspira a reforçar a essência do espírito aventureiro às nossas peças e nos leva a tirar os pés do chão”, celebrou Dênis Luiz Lunelli, idealizador da Hangar 33 e presidente do conselho consultivo da Lunelli, companhia têxtil catarinense controladora da marca de aviação.
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Com a chegada do ultraleve de Santos Dumont, o acervo da marca coleciona 14 aeronaves. “A Hangar 33 foi idealizada para celebrar a aviação, a aventura e adrenalina, nosso diferencial é justamente a inspiração em experiências reais, que são transmitidas em todos os detalhes de nossas coleções”, disse Lunelli.
A coleção (de aviões) da grife reúne aeronaves exclusivas, como os dois únicos exemplares no Brasil em condições de voo do biplano monomotor russo Antonov AN-2 e uma réplica do Fokker DR.1. A empresa também se apresenta com um avião acrobático Extra EA-300 e um antigo T-6 Texan. “Os exemplares, de alto valor histórico, recebem mais de 6.500 horas de manutenção e cuidados específicos por ano”, diz marca, que leva os aviões para diferentes eventos pelo Brasil.
Rara réplica
Duplicado como a projeto de Santos Dumont e com algumas modificações modernas, o Demoiselle comprado pela Hangar 33 é um dos cinco aparelhos construídos pelo IAB. A principal alteração na réplica são as estruturas de alumínio no lugar das peças de bambu.
O Demoiselle voou pela primeira vez em novembro de 1907. O aparelho, ou “a Libellule” como foi apelida por Santos Dumont, é considerado historicamente o primeiro avião ultraleve da aviação.
A aeronave original do inventor brasileiro era uma frágil máquina de bambu com asas cobertas de tecido e adaptada com motores de barco. O avião vazio pesava cerca de 56 kg. Ao todo, o inventor brasileiro construiu nove modelos com melhorias até 1909, embora nem todos tenham voado.
Santos Dumont ainda compartilhou o projeto do Demoiselle com o empresário francês Adolphe Clément-Bayard, famoso construtor de bicicletas e motores do passado. Produzido pelo fabricante francês, o avião continuou em desenvolvimento e marcou diversos recordes na primeira década do século 20, chegando a voar por 18 km e a 120 km/h.
Oferecido como um veículo recreativo, o ultraleve do pioneiro brasileiro também entrou na história como o primeiro avião do mudo produzido em série, com 50 unidades concluídas por Clément-Bayard.
Era o xodó do Fernando A Botelho. Gravei algumas vezes o vôo dele em Itirapina.
O (Demoiselle) apesar se ser igual ao original, tem muita História a contar desde os tempos de Aberto Santos Dumolt.
Demoiselle, Santos Dumont Nosso Ilustre cidadão