O Grupo LATAM, maior companhia aérea da América Latina, anunciou nesta quinta-feira, 3, ter concluído seu processo de reestruturação financeira após cerca de 30 meses.
A empresa havia dado entrada no chamado Chapter 11, lei de recuperação judicial dos Estados Unidos, em maio de 2020, em meio aos prejuízos causados pela pandemia do Covid-19.
Desde então, a LATAM passou a negociar os débitos com seus credores enquanto tentava evitar uma oferta agressiva da concorrente Azul, que pleiteava assumir ao menos a divisão brasileira da transportadora.
“Hoje é um marco importante para a LATAM. Estamos satisfeitos por concluir uma transformação significativa e sair do nosso processo de reorganização com uma posição financeira fortalecida e um compromisso renovado com a excelência operacional”, disse Roberto Alvo, CEO da LATAM Airlines Group.
Segundo a LATAM, a dívida foi reduzida em US$ 3,6 bilhões desde antes da pandemia enquanto a empresa possui atualmente uma líquidez de US$ 2,2 bilhões.
Para superar a situação financeira delicada, a LATAM contou com enormes cortes de gastos, mas também com a crescente demanda por voos após o fim do isolamento social.
A LATAM retomou a renovação de sua frota, com a adição de aeronaves A321neo, incluindo a versão A321XLR, enquanto retirou de serviço seus A350, mantendo os Boeing 767, 777 e 787 na malha de longa duração.
A empresa sediada no Chile agora está estreitando seu relacionamento com a Delta Air Lines por meio de uma ampla joint venture. Por fim, a empresa afirmou que deve recuperar 85% de sua capacidade global de 2019 até o final de 2022.