A Passaredo Linhas Aéreas será dirigida pelo Grupo Itapemirim, conglomerado de empresas de transporte rodoviário de cargas e passageiros. O contrato de transferência das ações que representam a totalidade do controle de capital da companhia aérea foi anunciado nessa segunda-feira (3) e assumido por Sidnei Piva e Camila Valdívia, controladores da Itapemirim.
Em comunicado, o Grupo Itapemirim explicou que a estratégia de negócio com a Passaredo será realizar a integração intermodal entre as empresas, focando em mercados regionais de pequeno e médio porte com ligações aos grandes centros, popularizando o transporte aéreo ao interior do Brasil.
A Itapemirim também anunciou o plano de incorporar mais 20 aeronaves à frota da Passaredo até o final de 2018 com objetivo de atender 80 destinos no interior do país. A companhia aérea conta atualmente com nove aeronaves turbo-hélice ATR 72, nas versões 500 e 600.
Segundo Sidnei Piva, o ponto decisivo para assumir o controle acionário da Passaredo Linhas Aéreas foi a qualidade técnica e operacional da companhia. O novo controlador quer investir para o crescimento sustentável do negócio, para que, gerando receita, a própria empresa possa liquidar seu passivo – a Passaredo e a Viação Itapemirim enfrentam processos de recuperação judicial.
“A Passaredo está pronta para receber investimentos e crescer. A própria operação gerará resultado para a liquidação das obrigações do passado.”, explica Piva.
O atual controlador da Passaredo, José Luiz Felício Filho, enfatiza que a negociação e os investimentos que o Grupo Itapemirim anuncia darão um novo horizonte para a aviação regional brasileira. “A chegada dos investimentos proporcionará fôlego extra para que a Passaredo Linhas Aéreas siga seu plano de voo, que é ser uma transportadora aérea regional com atuação em todo o território nacional”, conta Felício.
De acordo com o novos controladores, os acordos de codeshare e interline firmados pela Passaredo com a companhias Gol e Latam permanecem operando normalmente.
O fechamento da negociação aguarda o cumprimento de condições suspensivas. Durante esse período, estimado em 60 dias, a gestão da Passaredo será realizada de forma compartilhada, assumindo Sidnei Piva o comando executivo da empresa. Os valores na transferência de ações não foram divulgados.
Itapemirim retorna ao ramo aviação
Controlar a Passaredo não será a primeira, nem a segunda experiência da Itapemirim na aviação brasileira. Entre 1991 e 2000, o grupo operou a companhia aérea cargueira Itapemirim Cargo, que chegou a contar com seis jatos Boeing 727.
A outra empreitada aérea do conglomerado foi a Itapemirim Regional, que realizou voos entre São Paulo e o Rio de Janeiro com dois monomotores Cessna Caravan, entre 1997 e 1998.
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Bastante estranha essa empreitada. Uma empresa praticamente falida assume outra em situação similar? Soma-se a isto que a Itapemirim já quebrou a cara quando se meteu no transporte aéreo de carga. Estão abetas as apostas para o resultado final dessa treta…
Bom vamos ver se eles vão saber administrar a Passaredo, né?
A Airway não vai falar sobre a possível volta da NOAR Linhas Aéreas nesse final do ano?