Guarulhos e Congonhas atraíram mais 11 milhões de passageiros e lideraram ranking de aeroportos de 2023

Aeroportos de São Paulo terminaram o ano passado com 41,2 milhões e 22,4 milhões de passageiros transportados. Galeão se recuperou enquanto Florianópolis expandiu atuação internacional. Veja lista
Aeroporto de Guarulhos
Aeroporto de Guarulhos (GRU Airport)

Os aeroportos brasileiros estiveram bem mais cheios em 2023, em níveis semelhantes ao período pré-pandemia, como já sinalizava a ANAC, a Agência Nacional de Aviação Civil.

E apesar de uma certa oscilação no movimento nos principais terminais aéreos do país, Guarulhos e Marechal Rondon, ambos em São Paulo, seguem imbatíveis em demanda de passageiros.

Tanto a GRU Airport quanto a AENA Brasil, concessionárias que administram os dois aeroportos, divulgaram dados nesta semana.

Em vez de apenas reproduzir os dados isolados, AIRWAY se debruçou nas estatísticas da ANAC para mostrar como foi o desempenho dos principais aeroportos.

Veja a seguir o que descobrimos, lembrando que as informações apresentam uma variação pequena em relação aos dados divulgados pelas operadoras.

Guarulhos, o gigante está quase recuperado

Maior aeroporto do país, Guarulhos chegou muito perto dos níveis de 2019. Foram movimentados 41,2 milhões de passageiros em 2023, 4% a menos que há quatro anos, quando o coronavírus ainda não existia.

O movimento internacional chegou a quase 14 milhões de passageiros, alta de 28% em relação a 2022, o que representou quase 3 milhões de pessoas a mais. A demanda doméstica também segue aquecida, com mais de 27 milhões de passageiros e a liderança também nesse recorte.

Aeroportos mais movimentados do Brasil em 2023

De estatal para privado, Congonhas teve a maior expansão em números absolutos

Recém assumido pela AENA, concessionária que deverá promover mudanças importantes em sua infraestrutura, o Aeroporto de Congonhas continua causando espanto. Embora encravado na mancha urbana da maior cidade do país, o terminal conseguiu se expandir de forma impressionante. Foram 22,4 milhões de passageiros, quase o mesmo volume dos tempos pré-Covid.

Em números absolutos, Congonhas superou até Guarulhos no movimento doméstico, com 4,2 milhões a mais de pessoas.

Galeão tem mais expansão e volta a sonhar com seus tempos dourados

O imenso aeroporto da Ilha do Governador voltou a mostrar que pode ter um papel de protagonismo no transporte aéreo. Com as restrições operacionais em Santos Dumont, o Galeão voltou a ver o movimento doméstico crescer, mas os reflexos deverão ser mais visíveis em 2024.

Foi a demanda internacional que fez o Tom Jobim pular da 10ª para 8ª posição no ranking de aeroportos brasileiros. A demanda de passageiros quase chegou a crescer 48%, atingindo 3,6 milhões de usuários ante 2,4 milhões em 2022.

Ranking de movimento doméstico

Floripa quer disputar título de porta de entrada internacional no Sul

Renovado, o Aeroporto de Florianópolis começa a colher os resultados do trabalho de requalificação feito pela Zurich Airport. O terminal permaneceu na 13ª posição no ranking geral, mas em tráfego internacional saltou de 9º para 6º lugar, ultrapassando Fortaleza, Confins e Salvador. Foram mais de 390 mil passageiros internacionais, muito próximo do vizinho, o Aeroporto Salgado Filho.

Fortaleza e Manaus caem, apesar do movimento internacional crescer

Apesar do ambiente de recuperação, nem todos os aeroportos conseguiram crescer. Entre os 20 maiores terminais do país, quatro tiveram queda no movimento de passageiros: São Gonçalo do Amarante (Natal), Eduardo Gomes (Manaus), Marechal Rondon (Cuiabá) e Pinto Martins (Fortaleza).

Desses Fortaleza e Manaus tiveram uma queda da demanda de 6%, que representou menos 510 mil passageiros transportados na soma dos dois aeroportos. Curiosamente, isso ocorreu em meio ao aumento de tráfego internacional.

Fortaleza ampliou o movimento de passageiros internacionais de 234 mil para 291 mil, mantendo a 10ª posição nesse segmento. Já Manaus pulou de 50,2 mil para quase 124 mil passageiros em 2023. Nos voos domésticos, porém, os dois lideraram em número de pessoas que deixaram de voar no ano passado.

Ranking de movimento internacional

Expectativas para 2024

O resultado do ano passado faz crescer a expectativa para alguns possíveis cenários para 2024. O mais curioso deles será ver como ficará o tráfego no Rio de Janeiro, com as mudanças entre Santos Dumont e Galeão. O Tom Jobim poderá subir mais alguns degraus no ranking?

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Em São Paulo será interessante acompanhar o reflexo da gestão da AENA em Congonhas e descobrir se há espaço para que o aeroporto cresça mais, a despeito das restrições operacionais. Em Guarulhos, a meta é bater o movimento de 2019 e retomar o protagonismo na América do Sul, hoje disputado com o Aeroporto El Dorado, de Bogotá (Colômbia).

 

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