O novo helicóptero que a Helibras trouxe para a edição deste ano da Labace, no aeroporto de Congonhas, é tão grande que quase não coube no estande da marca. A novidade é o H145, um modelo bimotor com mais de três toneladas e capacidade para transportar nove passageiros ou cumprir uma variedade de outras missões. O modelo exposto da feira é o primeiro do Brasil e já é operado como táxi-aéreo em São Paulo.
O H145 é a geração mais recente do helicóptero que antes era conhecido como EC145. A aeronave foi desenvolvida pela Eurocopter, que posteriormente foi absorvida pelo grupo Airbus, do qual a Helibras faz parte. O modelo está no mercado desde 1999 e soma quase 1.300 unidades produzidas. No Brasil, o EC145 voa com uma série de forças policiais estaduais, como na Bahia e Rio de Janeiro, e também com a Força Aérea Brasileira.
“Um helicóptero bimotor como o H145 faz toda diferença aqui no Brasil. A legislação brasileira não permite que helicópteros monomotores voem somente por instrumentos. Eles só podem voar se houver condições visuais mínimas. O H145, além de contar com os dois motores, ainda vem equipado com instrumentos de última geração”, contou Mauro Ayres, diretor comercial e de marketing da Helibras.
As principais evoluções da versão mais recente do H145, lançada pela Airbus Helicopters em 2014, são os motores com quase 300 hp extras cada um (duas turbinas de 1.038 hp) e melhorias no rotor de cauda Fenestron para diminuir os nível de ruído da aeronave. Outro item presente no aparelho exposto na Labace o é o sistema de voo Helionix, desenvolvido exclusivamente para helicópteros – antes eram usados sistemas aviônicos derivados de aviões.
“As características do H145 permitem que ele opere em condições onde os monomotores são proibidos por questões que climáticas atrapalham o voo visual ou mesmo quando chega a noite. Isso influência quem compra um helicóptero. Por exemplo, se uma pessoa decide voar do litoral sul do Rio de Janeiro para São Paulo às 14h ela pode ir de monomotor, pois tem condições visuais. Se for por volta das 20h, somente um helicóptero bimotor pode fazer essa viagem”, explicou Ayres, acrescentando que o H145 ainda pode ser equipado com radar meteorológico.
Além do transporte executivo, o H145 pode ser adaptada para uma série de missões. O novo modelo da Airbus já é operado por serviços de resgate e salvamento e forças policiais. A Airbus também tem uma versão militar no catálogo, o H145M, que pode ser equipado com sensores de busca e canhões. O helicóptero, na versão básica, é avaliado em cerca de US$ 9,7 milhões (R$ 37,9 milhões).
E a Helibras, como vai?
O diretor comercial da Helibras também contou ao Airway que o ano de recuperação e expectativas sobre o mercado. “Entregamos seis aeronaves neste ano. É um resultado muito bom, melhor que o do ano passado”, celebrou Ayres. O principal produto da marca da Airbus no Brasil é o monomotor H125, o tradicional Esquilo, produzido em Itajubá (MG).
Outro helicóptero produzido pela Helibras no interior de Minas Gerais é o “gradalhão” H225. A fabricante brasileira já produziu 30 unidades da aeronave, todas para as forças armadas brasileiras. “Vamos produzir mais 20 helicópteros até 2022”, contou o diretor da fabricante.
Assunto na boca de todos os executivos que circulam pela Labace, a esperada recuperação da aviação geral brasileira, que carece de novas aeronaves (principalmente aviões), também gera expectativa na Helibras. “O mercado da aviação executiva acompanha a economia: se ela cresce, mais aeronaves são vendidas. É o que esperamos para o Brasil, que começou a mostrar sinais de recuperação”, explicou Ayres.
Ao ser questionado sobre a chance da Helibras produzir outros modelos de helicópteros da Airbus em Itabujá, o diretor da marca foi enfático: “A Helibras é Airbus, e vice-versa. Sim, podemos produzir mais helicópteros em Itajubá, basta que exista uma necessidade que justifique abrir uma nova linha de montagem.”
Ayres explicou que um dos benefícios ao comprar um helicóptero produzido pela Helibras o consumidor pode utilizar linhas de crédito do BNDS. Isso vale para o Esquilo, que tem entre 40% e 60% de componentes produzidos no Brasil, por isso é taxado como um produto nacional.
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Na faculdade de design lá no meio dos anos 90 tive que criar um produto, e criei um helicóptero, que simplesmente é o desenho desse helicóptero, única diferença que usei o sistema Notar na cauda em vez de rotor.
Tive até que fazer uma maquete em clay, devia ter uns 40 centímetros de de comprimento.
Quem diria que depois de 22 anos ia existir algo parecido com o que imaginei.