Um dos mais avançados helicópteros comerciais do mundo, o Bell 525 Rentless sofreu um acidente fatal nesta quarta-feira (6) no estado do Texas (EUA). Um dos três protótipos do modelo se chocou contra o solo enquanto fazia um voo de teste – os dois pilotos não resistiram.
A Bell divulgou uma curta nota no Twitter: “um Bell 525 se envolveu num acidente enquanto fazia voos de testes ao sul das nossas instalações em Xworx, Arlington, Texas. Infelizmente, o acidente resultou na morte dos dois tripulantes. É um dia devastador para a Bell Helicopter”. A empresa afirmou que já começou a investigar o caso, assim como o NTSB, órgão americano de segurança aérea.
O Bell 525 é um projeto ambicioso da empresa americana. Capaz de transportar até 20 passageiros, o helicóptero tem como clientes potenciais empresas que operam em plataformas de petróleo, que fazem o transporte dos funcionários dessa forma, e bilionários, cujo espaço interno privilegiado do modelo permite configurações mais exclusivas.
Fly-by-wire
O novo helicóptero também é inovador por contar com o sistema ‘Arc Horizon’, um conjunto de equipamentos que inclui o chamado ‘cockpit de vidro’, ou seja, um painel com diversas telas de LCD, visibilidade superior e também recursos automatizados, que aliviam a carga de trabalho dos pilotos. O Bell 525 também será o primeiro helicóptero comercial do mundo a usar o recurso “fly-by-wire” por completo.
Presente na aviação comercial desde o final da década de 80, o sistema ‘fly-by-wire’ utiliza controles de voo com acionamento elétrico e moderação por computadores avançados. A novidade, inclusive, fez com que o FAA, o órgão que homologa aeronaves nos Estados Unidos, preparasse uma certificação especial para o modelo.
Além do protótipo perdido, que aparentemente é o primeiro a voar em julho do ano passado, a Bell tem outros dois exemplares no programa, além de mais uma dupla prestes a entrar em operação.
O Bell 525 Relentless (Implacável) foi anunciado durante a feira Heli-Expo de 2012 e a empresa esperava homologá-lo em 2017 para entregar as primeiras unidades nos meses seguintes.
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Se não tiverem “caixa preta”, terão que começar do “zero” no projeto.
Lamentável a morte dos Pilotos. O resto, recupera….