Pela primeira vez, helicópteros do Exército, Força Aérea e da Marinha do Brasil foram empregados em conjunto a partir do Porta-Helicópteros Multipropósito (PHM) Atlântico. A atividade na embarcação faz parte de um treinamento interoperacional entre as três forças armadas.
No dia 6 de outubro, helicópteros HM-4 Jaguar do Exército, H-36 Caracal da FAB e UH-15 Pégasus da Marinha realizaram pousos e decolagens no PHM Atlântico, que hoje é o maior navio militar em serviço no Brasil. A embarcação também recebeu pela primeira vez o Tenente-Brigadeiro do Ar Raul Botelho, Chefe do Estado-Maior Conjunto das Força Armadas.
Durante o treinamento conjunto, as três forças praticaram o processo de infiltração por “Fast Rope”, ação em que os militares descem dos helicópteros por um corda, e lições de “tiro de aeronave” e o “tiro de caçador na aeronave”.
PHM Atlântico, o orgulho da esquadra
A aquisição do PHM Atlântico foi anunciada em junho de 2018 pela Marinha do Brasil, que comprou a embarcação da Royal Navy (marinha britânica) por £ 84 milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 415 milhões na cotação da época). O navio, que antes se chamava HMS Ocean, foi construído na Inglaterra em 1995.
De acordo com a MB, o Atlântico pode navegar a velocidade de 18 nós (33,3 km/h) e tem um raio de ação de 8.000 milhas náuticas (14.816 km). A embarcação tem capacidade para receber até 18 helicópteros, 40 veículos blindados e mais de 800 tripulantes.
Com a desativação do porta-aviões São Paulo em novembro de 2018, o PHM Atlântico com seus 203 metros de comprimento e 21.578 toneladas de deslocamento (com carga máxima) assumiu o posto de maior embarcação da esquadra brasileira.
A embarcação é empregada pela Marinha em operações aéreas com helicópteros, operações anfíbias com tropas de Fuzileiros Navais e missões de controle de área marítima para proteção de linhas de comunicações marítimas, além de conduzir atividades de apoio logístico, de caráter humanitário, de auxílio a desastres naturais e operações de manutenção da paz.
A Royal Navy também utilizou a embarcação para transportar até 15 caças SVTOL (decolagem curta e pouso vertical) Harrier, mas não tinha condições de operá-los totalmente carregados, tornando inviável o uso do navio na função de porta-aviões. Para isso, ele teria de ser equipado com uma rampa no convés de voo (ski-jump), por onde as aeronaves executam uma curta corrida até a decolagem, sem o auxílio de sistemas de catapulta de lançamento.
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E muito bom ver que o nosso país esta chegando ao nivel de outras nações
As FAs estão fazendo o dever de casa direitinho! Aprenderam com os britânicos. Parabéns!