Presente em quase todas as produções de ficção científica, a arma a laser já é uma realidade, ao menos para as forças armadas dos Estados Unidos. Mas quem imaginou caças disparando rajadas de cores berrantes que explodem alvos automaticamente é melhor esquecer. O primeiro artefato do gênero, o LaWS (Laser Weapon System, ou sistema de arma laser), testado pela Marinha americana lembra mais um telescópio e esconde sua letalidade como nenhum outro armamento.
E é melhor não duvidar da sua eficácia: em testes realizados pela US Navy em 2014 no Golfo Pérsico, o LaWs mostrou ser muito eficiente. Testado contra pequenos alvos como aviões não-tripulados (UAV) e embarcações menores, um risco para as embarcações militares que cresceu nos últimos anos, o canhão foi preciso em localizar e destruí-los.
Ao contrário das sagas famosas como Star Wars ou Star Trek, o laser disparado pelo sistema a bordo do destróier USS Ponce é contínuo e imperceptível aos olhos humanos. Operado por um marinheiro num ambiente que lembra mais um videogame (com direito até a joystick), o LaWS é capaz de acompanhar esses alvos e atingi-lo de formas diferentes, seja apenas para prejudicar alguma função como impedir que o inimigo trave sua arma no alvo ou causar danos profundos a ponto de explodi-lo.
O funcionamento lembra aquelas experiências que fazemos na infância com uma lupa e um papel ao projetar a luz do sol e vê-lo pegar fogo (assista ao vídeo abaixo).
Menos risco a bordo
A Marinha dos Estados Unidos tornou o armamento de “energia dirigida” uma prioridade desde o começo desta década. A vantagem desses lasers de grande energia não reside apenas na capacidade e precisão, mas também em aspectos como segurança e mesmo custo. Transportar armamento ‘cinético’, como dizem os militares ao se referir aos projéteis, requer silos bem protegidos a bordo sem falar no manuseio de cargas explosivas. Além disso, segundo estudos da Marinha, um disparo de canhão a laser custa menos de um dólar, algo ínfimo comparado ao preço de qualquer míssil avançado.
Durante os testes a bordo do USS Ponce, no final de 2014, o canhão a laser derrubou um drone e afundou um pequeno bote a uma distância de poucos quilômetros. Ele conseguiu, inclusive, operar sem perda de eficiência mesmo em climas adversos, situação que nem todo o tipo de arma suporta.
Apesar dos testes bem-sucedidos, o governo americano deve receber os primeiros armamentos de produção em série nos próximos anos – a meta é que o sistema passe a ser utilizado em 2020 e o novo porta-aviões USS Gerald R. Ford deverá ser um dos primeiros a recebê-lo. O maior entrave, no entanto, está na geração de energia elétrica capaz de dar conta dessa demanda. O assunto é considerado de segurança nacional e os EUA trabalham agora para desenvolver meios de gerar energia elétrica de alta voltagem não apenas para os armamentos, mas sensores e propulsores.
O plano americano é ambicioso: o laser equipará não só os navios, mas também aviões e tanques na próxima década, tornando o campo de batalha um cenário mais silencioso, mas não menos letal.
Veja mais: Como funcionam os aviões “invisíveis”
Infelizmente o Brasil carece de muuuiiiita tecnologia. Será que conseguiríamos fabricar um processador do zero? Nosso país deve considerar uma política de desenvolvimento de tecnologia militar, pois inovação faz toda diferença.
Problema é que a pesquisa neste país, fora honrosas exceções como Embrapa, é comandada por acadêmicos que encaram a pesquisa pela pesquisa, sem comprometimento algum com aproveitamento prático em termos comerciais, mesmo porque iniciativa privada é palavrão para essa turma…e aí gastamos milhões em milhões de reais em pesquisas que agregam nada ao incremento tecnológico, e por isso seguimos exportando commodities e importando tudo de fora.
Um dos maiores centros de desenvolvimento de armas ocorreu na Alemanha no período da 2ª Guerra, o desenvolvimento de foguetes na base aérea de Peenemunde como as famosas bombas voadoras (V-1 e V-2) foi um marco pois os cientistas tinha liberdade para criar e desenvolver diversos tipos de Armas, com o fim da guerra os Estados Unidos e União Soviética levaram grande parte destes cientistas e engenheiros, como Werner Von Braun pai do projeto apollo.