Duas imagens compartilhadas por um usuário da rede social chinesa Weibo estão chamando atenção de internautas do Ocidente nesta quarta-feira (18). As fotografias mostram um monitor de computador com a imagem de uma aeronave sem cauda e com uma configuração de asa e fuselagem em formato de diamante, no que parece ser um caça de sexta geração.
Segundo o autor da publicação, que se identifica na rede como “A cabra silenciosa”, a fonte das imagens é o Instituto de Pesquisa e Design de Aeronaves de Chengdu. Trata-se de uma instituição administrada pelo grupo aeroespacial AVIC, conglomerado estatal que controla todos os grandes fabricantes de aviões da China, como a COMAC e a Chengdu Aircraft. E isso foi tudo que a cabra escreveu…
Ao fundo das imagens aparece a estrutura de um simulador de voo, onde ainda é possível visualizar (com muita ampliação) o logotipo da AVIC. As fotografias, portanto, realmente foram captadas no centro de pesquisas do grupo chinês.
O projeto de caça de sexta geração da China é conhecido desde outubro de 2021, quando um objeto com formato semelhante ao modelo visto nas novas imagens foi fotografado na sede da Chengdu Aircraft por satélites dos EUA. No ano passado, durante o Zhuhai Air Show, a fabricante chinesa expôs uma maquete transparente de uma aeronave conceitual de sexta geração. Porém, não há informações se os dois elementos têm alguma relação.
Para o usuário Andreas Rupprecht do Twitter, um grande especialista em aviação militar chinesa, a aeronave vista nas imagens divulgadas no Weibo pode ser uma maquete em escala ou mesmo um demonstrador de tecnologia. Ou então é apenas uma montagem de computador. O fato é que e o desenvolvimento de caças de sexta geração já é um assunto recorrente entre as grandes potências militares, como ocorre atualmente na Europa e nos EUA.
Passo seguinte aos caças de quinta geração, que ganharam forma na década de 1990 com o Lockheed Martin F-22 Raptor, os jatos de combate de sexta geração devem surgir a partir da década de 2030 ou 2040. Serão aeronaves com capacidade furtiva ampliada e com uma série de novos recursos tecnológicos, como inteligência artificial e até mesmo controles autônomos.