O Ministério da Defesa da Índia aprovou nessa quinta-feira, 2 de julho, a compra de 33 novos caças russos, sendo 21 modelos MiG-29 e 12 Sukhoi Su-30. O contrato é avaliado em 181 bilhões de rúpias (cerca de R$ 12,5 bilhões).
Nova Dheli também confirmou que 59 jatos MiG-29 da força aérea indiana serão atualizados para o padrão MiG-29M e o novos Su-30 serão produzidos localmente pela Hindustan Aeronautics (HAL). A lista de compra militares do país ainda inclui 248 mísseis ar-ar de longo alcance (até 1.000 km) Astra, fabricados no país.
Embora a adição de novos caças e a atualização dos MiG-29 mais antigos ajudem a fortalecer as capacidades defensivas da Índia, o ritmo do desenvolvimento do poder aéreo do país ficou abaixo do apresentado na China nas últimas duas décadas.
Enquanto os indianos estão começando a fabricar o HAL Tejas, um caça de quarta geração, os chineses já avançaram para a quinta geração com o jato stealth (“invisível” aos radares) Chengdu J-20.
A Índia possui uma das frotas de caças mais diversificadas do mundo, com quase 600 aeronaves em serviço. Da Rússia, o país opera os caças Su-30, MiG-29 e MiG-21, enquanto a França forneceu os modelos Mirage 2000, SAPECAT Jaguar e Rafale. O HAL Tejas, produzido localmente, ainda está em fase de implementação na força aérea e futuramente também terá uma versão para porta-aviões.
A força aérea indiana tem vários requisitos pendentes para novas aeronaves, incluindo um contrato de longo prazo para 110 caças avançados. Entre os candidatos estão o Boeing F/A-18 Super Hornet e F-15, Eurofighter Typhoon, Saab Gripen E e o Lockheed Martin F-16V.
A compra de novos caças ocorre em um dos momentos de maior tensão entre a Índia e China sobre um impasse territorial no vale Galwan. No último dia 15 junho, tropas dos países se envolveram num violento combate que resultou na morte de 20 soldados indianos e um número não divulgado de militares chineses.
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