A Força Aérea da Índia está prestes a fechar um volumoso contrato de compra de 56 aeronaves de transporte militar C295 junto à Airbus.
O comitê de segurança do governo indiano aprovou finalmente a aquisição do turboélice que substituirá cerca de 57 aviões HAL-748 produzidos na década de 60 e que ainda estão em serviço.
A proposta reúne a Airbus com um consórcio local liderado pela Tata Advanced Systems. Segundo os detalhes do acordo, 16 aeronaves serão produzidas pela fabricante na Espanha enquanto 40 C295 serão montados sob licença na Índia.
Os C925 europeus deverão ser entregues dentro de 48 meses da assinatura do contrato enquanto os aviões indianos, em um prazo de até 10 anos.
O acordo de venda dos turboélices militares foi elaborado em 2015, mas desde então era analisado por área governamentais da Índia. A Força Aérea deverá utiizar os C295 em vários tipos de tarefas, entre transporte e possivelmente poderá encomendar mais aeronaves para uso como patrulhamento marítimo e na guarda costeira.
A substituição dos HAL-748 é bastante urgente a despeito de o programa ter sido lançado há dez anos. Desenvolvido pela bitânica Hawker Siddeley como um avião de transporte regional, o 748 foi produzido sob licença pela Hindustan Aeronautics nos anos 60.
Das 89 aeronaves concluídas, 17 foram usadas pela Indian Airlines e 72 pela Força Aérea, dos quais restariam 57 unidades. Bastante versátil, o avião foi testado até como plataforma de AEW, de radar aerotransportado.
“AVRINHO”
O HS 748 é bastante conhecido no Brasil, onde voou com as cores da Cruzeiro do Sul e da Varig. A Força Aérea Brasileira também operou o modelo por vários anos, como um substituto do C-47 no Grupo de Transporte Especial, entre outros.
O 748 foi desenvolvido pela empresa Avro, que foi adquirida pela Hawker Siddeley em 1963, mas no Brasil acabou sendo conhecido como “Avrinho”. A estreia na FAB ocorreu um ano antes, tendo sido usados no transporte de autoridades até 1969, quando foram substituídos pelos jatos executivos HS 125 também ingleses.
Ao todo, a Força Aérea operou 12 C-91, como eram designados, durante uma longa carreira que terminou apenas em 2006.