A força aérea da Índia completou com sucesso nessa quarta-feira (22) o primeiro teste de lançamento de um míssil BrahMos a partir de um avião de combate. O aparato é considerado o míssil de cruzeiro mais rápido do mundo, capaz de voar em direção aos alvos a 3.700 km/h.
O primeiro teste da versão aérea do míssil foi lançado a partir de um caça Sukhoi Su-30 modificado na Rússia especialmente para ser equipado pela nova arma. Segundo autoridades indianas, o artefato foi testado na Baia de Bengala contra um alvo posicionado no mar.
O BrahMos é quase tão grande como um avião: tem 8,4 metros de comprimento e pesa 2.500 kg no momento no lançamento. O artefato pode carregar uma ogiva de 300 kg de explosivo convencional ou até nuclear. Essa carga, considerada pesada, é indicada para atacar grandes alvos no mar ou em solo, como um porta-aviões ou um bunker. A nova versão testada foi desenvolvida especialmente para atacar alvos no oceano.
A orientação inicial do míssil é por meio do radar da própria aeronave de lançamento, que pode lançá-lo contra o objetivo a uma distância de até 450 km. Na parte final do percurso, os sistemas de navegação instalados no BrahMos assumem o comando até seu encontro explosivo contra o alvo.
O míssil testado pelos militares indianos foi criado a partir de uma parceria entre a Mashinostroyeniya, grupo industrial da Rússia, e a Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa da Índia, que juntos forma a BrahMos Aerospace.
O míssil da BrahMos não é exatamente uma novidade. O aparato vem sendo testado desde 2001 e já está no arsenal da marinha da Índia, mas por enquanto somente na versão configurada para ser lançada a partir de navios. Outra opção do armamento testada e ainda em desenvolvimento é o modelo capaz de ser disparado por submarinos, mesmo submersos.
Brasil já fez consultas pelo míssil
A imprensa indiana noticiou em 2015 que a oficiais da Marinha do Brasil procuram a BrahMos para obter informações sobre o desempenho do artefato. A instituição militar brasileira, no entanto, nunca comentou sobre o assunto. Outros países que também demonstraram interesse pelo armamento, avaliado em cerca de US$ 3 milhões a unidade, são Chile, Venezuela, Indonésia, entre outros.
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