A pista principal do Aeroporto de Congonhas voltará a receber pousos e decolagens neste domingo (6) após conclusão das obras executadas no prazo de 32 dias conforme planejado.
Com a reforma do pavimento, a Infraero diz que a pista ficou mais segura, com maior capacidade de drenagem (rápido escoamento da água de chuva) e maior aderência para os pneus das aeronaves. Durante o período de trabalho, foram feitas a fresagem do revestimento asfáltico antigo, a execução de camada estrutural de concreto asfáltico (CBUQ) com grooving na região das cabeceiras; e aplicação de camada superficial porosa de atrito (CPA), bem como a sinalização horizontal. Ao todo, R$ 11,5 milhões foram investidos na nova pista.
Todas essas atividades exigiram duas usinas de asfalto para atender a obra, sendo 4,4 mil m³ de CBUQ e 1,8 mil m³ de CPA. Esses materiais foram manejados por 120 caminhões, quatro vibro acabadoras (equipamento de pavimentação); três fresadoras de asfalto, um equipamento de grooving e 30 torres de iluminação, que permitiram que os 180 profissionais trabalhassem em três turnos, executando a obra nos 1.940 metros de comprimento da pista.
“A equipe de Engenharia e Operações da Infraero demonstrou sua capacidade de fazer uma grande obra no segundo maior aeroporto do País em número de passageiros. Isso mostra a capacidade que a empresa tem para conceber e executar projetos em aeroportos complexos como Congonhas e Santos Dumont ou em terminais de menor porte, como os que atendem a aviação regional”, avalia o presidente da empresa, Brigadeiro Paes de Barros.
A primeira operação programada é a chegada do voo 3009, da Latam, marcado para às 10h05.
Sem parar
Durante o período que a pista principal esteve em obras, Congonhas seguiu recebendo pousos e decolagens na pista auxiliar com aeronaves como o ATR-72 e Caravan, conforme condições estabelecidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em conjunto com o aeroporto, empresas aéreas e Decea. “Esse alinhamento permitiu que Congonhas seguisse aberto, ligando São Paulo às cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Ribeirão Preto, garantindo conectividade à capital paulista”, afirma o superintendente do aeroporto, João Márcio Jordão.
Além disso, aeronaves de porte maior, como Boeing 737 e Airbus 320, puderam ter em Congonhas um estacionamento, já que a pista auxiliar pôde receber voos de traslado (sem passageiros), o que permitiu que a adequação das malhas das empresas fosse feita sem maiores interferências.
Período das obras
A decisão de manter as obras entre os meses de agosto e setembro também levou em consideração a baixa incidência de chuvas na capital paulista durante o período dos trabalhos. “A Infraero usou sua expertise nesse tipo de obra e, com o trabalho alinhado e coordenado, concluiu a reforma com tranquilidade, assim como na reforma da pista do Santos Dumont no ano passado”, afirma o superintendente de Engenharia da Infraero, Giuliano Capucho.
Veja mais: Azul e Gol voltarão a voar para Fernando de Noronha em outubro