“Inteligência Artificial” pilota caça F-16 por 17 horas

É a primeira vez que uma entidade de IA assume o comando de uma aeronave tática, segundo a Lockheed Martin. Experiência ocorreu na Base Aérea de Edwards com o jato Vista X-62A
Aeronave Vista X-62A: horas sob comando de inteligência artificial (USAF)

A Força Aérea dos EUA (USAF), a divisão Skunk Works da Lockheed Martin e a empresa Calspan Corporation realizaram semanas atrás uma experiência peculiar. A aeronave Vista X-62A, uma versão de testes modulares do caça F-16, acumulou mais de 17 horas em voo sendo pilotada por um “agente de Inteligência Artificial (IA)”, vulgo um algoritmo avançado capaz de tomar decisões e aprender.

Segundo a Lockheed, foi a primeira vez que uma entidade de AI esteve no comando de uma aeronave tática, ou seja, com capacidade de combate.

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Para realizar os ensaios, os três parceiros recorreram ao NF-16D, um caça Fighting Falcon Block 30 que há cerca de duas décadas é usado para testar tecnologias avançadas. Em 2021, a aeronave foi rebatizada como VISTA (acrônimo para Variable In-flight Simulation Test Aircraft, Aeronave de Teste de Simulação Variável em Voo) X-62A.

O caça de dois lugares possui uma arquitetura aberta, capaz de receber novos softwares modulares de forma ágil, daí a vantagem em utilizá-lo para testar conceitos que estão sempre evoluindo.

Para realizar o voo sob comando da Inteligêncial Artificial, o jato supersônico recebeu então um Sistema de Simulação atualizado fornecido pela Calspan, o MFA, um modelo de algoritmo desenvolvido pela Lockheed Martin e o SACS, um sistema de controle autônomo da simulação.

O VISTA X-62A é um F-16D com arquitetura aberta (USAF)

O voo de mais de 17 horas sob comando de AI ocorreu como parte de uma série de testes iniciada em dezembro.

“Esta nova capacidade de sistema de missão com VSS, MFA e SACS enfatiza o avanço do desenvolvimento e integração de algoritmos de aeronaves autônomas. No coração do sistema SACS está a arquitetura aberta “Enterprise-wide Open Systems Architecture (E-OSA)” da Skunk Works, que alimenta o Enterprise Mission Computer versão 2 (EMC2) ou ‘Einstein Box'”, explicou a Lockheed Martin.

A Força Aérea dos EUA pretende acelerar o desenvolvimento de Inteligência Artificial e voo autônomo e para isso o programa VISTA é considerado crucial. A aeronave deve voltar a realizar testes durante 2023.

 

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