Investigadores dos EUA encontram peça que caiu do jato Boeing 737 MAX 9 da Alaska Airlines

Anteparo que substitui saída de emergência e explodiu durante o voo AS 1282 em 5 de janeiro foi encontrado no quintal de uma casa em Portland no domingo
O Boeing 737 MAX 9 que perdeu a peça em voo
O Boeing 737 MAX 9 que perdeu a peça em voo (NTSB)

O NTSB (Conselho Nacional de Segurança nos Transportes), dos EUA, que está encarregado de investigar as causas do incidente de despressurização explosiva com o Boeing 737 MAX 9 da Alaska Airlines, anunciou ter encontrado a tampa da porta que caiu da aeronave na sexta-feira (5).

De acordo com os investigadores, a peça caiu no jardim de uma casa em Portland, de onde a aeronave decolou no voo AS 1282. O morador da residência, um professor, entrou em contato no domingo para relatar o episódio.

A agência realizou um briefing de imprensa onde revelou algumas informações preliminares, como o fato de a estrutura do Boeing 737 ter sido mantida intacta, a despeito de danos extensivos nos paineis internos.

Ainda segundo o NTSB, o jato N704AL, que havia sido entregue pela Boeing há pouco mais de dois meses, teve alertas de despressurização em três outras ocasiões, mas inicialmente atribuiu-se o problema a uma falha na luz de alerta.

A chefe do NTSB a bordo do jato da Alaska Airlines (NTSB)

Jennifer Homendy, presidente do NTSB, no entanto, disse que as ocorrências podem não ter relação com o problema da saída de emergência.

A tampa da porta é uma alternativa de acabamento dos jatos 737 em casos em que o cliente não utiliza a capacidade máxima da aeronave, de cerca de 220 assentos. Em configuração de alta densidade, é necessário contar com duas saídas extras localizadas logo após o bordo de fuga das asas.

No entanto, poucos 737 MAX 9 foram equipados com as portas e a alternativa oferecida pela Boeing é a instalação do painel no lugar da saída de emergência, uma peça complementar que é fixada por suportes no lugar da porta.

Danos internos foram grandes, mas estrutura do 737 permaneceu intacta (NTSB)

Segundo dados do Planespotters, os quatro maiores operadores do 737 MAX 9 – United, Alaska, Aeromexico e Copa Airlines – aterraram todas as suas aeronaves, com exceção de oito jatos da transportadora panamenha, que têm a porta extra e continuam voando.

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Especialistas ouvidos por sites no exterior evitaram tirar conclusões, mas sugeriram que o problema tem mais chance de ter ocorrido devido ao projeto ou a montagem dos paineis.

Além da Boeing, a fornecedora Spirit Aerosystems fabrica as fuselagens e vários componentes estruturais do 737.

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