Com uma dívida estimada em R$ 180 milhões, a ITA Transportes Aéreos busca compradores para seu negócio após a suspensão de suas operações sem aviso prévio em dezembro passado. Dois fundos americanos da área de patrimônio privado estariam interessados no negócio.
As informações são do jornal “O Globo”. De acordo com a publicação, o empresário Sidnei Piva de Jesus tenta passar para frente o passivo da empresa; a companhia precisa quitar o montante com aeroportos, passageiros, funcionários, entre outros, e até o próprio Grupo Itapemirim – empresa de transporte rodoviário também liderada por ele.
Valor simbólico
Com a dívida milionária na mesa, a expectativa é que o comprador pague apenas um valor simbólico para adquirir a empresa, em contrapartida assumiria os encargos devidos.
O pacote inclui 7 aviões com contrato de leasing em vigor; 2 Airbus A320 estão parados no deserto do Arizona, nos Estados Unidos.
Somente com os tripulantes, a empresa de aviação precisaria quitar cerca de R$ 7,5 milhões; há também um passivo de R$ 80 milhões de passagens vendidas, mas que não chegaram a ser cumpridas. Segundo “O Globo”, o valor deve ser estornado aos compradores.
Relembre a crise da ITA
A ITA suspendeu suas operações no dia 17 de dezembro alegando a necessidade de “reestruturação interna” para voltar a voar. No entanto, logo surgiram informações sobre fornecedores que suspenderam os serviços por falta de pagamento.
No início de janeiro, a ANAC, agência de aviação civil brasileira, proibiu a ITA de retomar a venda de passagens até que a companhia aérea conclua o processo de “reacomodação de passageiros, reembolso integral da passagem aérea aos consumidores que optaram por esta alternativa”.
A empresa havia se aproximado de um desempenho mais saudável em sua operação durante novembro, mês anterior ao da suspensão dos serviços.