Itália quer vender 30 caças leves M-346 para a Força Aérea e Marinha do Brasil

Jatos fornecidos pela Leonardo substituiriam o avião de ataque A-1 (AMX), produzido pela Embraer em parceria a própria fabricante italiana nos anos 80
Jato M-346 semelhante ao oferecido ao Brasil
Jato M-346 semelhante ao oferecido ao Brasil

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, irão discutir um possível acordo para ao menos 30 caças leves M-346 para a Força Aérea Brasileira e também a Marinha.

Um encontro entre os dois líderes ocorrerá em novembro durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro e o assunto estará na pauta, segundo fontes do Palácio do Planalto ouvidas pela revista Veja.

O plano seria fornecer 24 jatos M-346 para a FAB que substituiriam os aviões de ataque A-1 (AMX) remanescentes. Além disso, a Marinha do Brasil receberia ao menos seis desses aviões para possivelmente tomarem o lugar dos antigos AF-1, como é chamado o McDonnell Douglas A-4.

O potencial negócio também envolveria o uso de aviônicos e armamentos fabricados no Brasil.

Um A-1M, versão modernizada do AMX
Um A-1M, versão modernizada do AMX (FAB)

A FAB tem de fato sondado o mercado em busca de aeronaves para complementar os modernos caças Saab Gripen E/F.

Há dois focos no momento, o de ter um segundo caça mais em conta e que pode ser um jato de 2ª mão como os F-16 dos EUA, e também um jato leve que sirva como aeronave de ataque e treinamento avançado.

No caso do segundo, a Força Aérea chegou a citar o T-7A Red Hawk, produzido pela Boeing com a ajuda da Saab, e o próprio M-346, cujo Comandante da Aeronáutica na gestão anterior chegou a realizar um voo na Itália.

Jato AF-1 (A-4) da Marinha do Brasil
Jato AF-1 (A-4) da Marinha do Brasil (Marinha do Brasil)

Parceria com russos

O M-346 é produzido pela Leonardo, fabricante italiana surgida da junção de empresas como Agusta, Aeritalia e Aermacchi. As duas últimas foram parceiras da Embraer na concepção do AMX nos anos 80.

O jato de ataque foi fornecido apenas para a Itália e o Brasil, mas o país europeu já o aposentou recentemente. A FAB recebeu 56 aviões, batizados como A-1, modernizou alguns, mas sobraram poucas aeronaves ativas.

Em levantamento realizado por Airway há dois anos, ao menos 21 AMX haviam sido baixados, parte por acidentes e outras para desmanche. A FAB pretende aposentá-los em 2025.

O ex-comandante da Aeronáutica voou em um M-346 na Itália em 2022 (Reprodução/Twitter)
O ex-comandante da Aeronáutica voou em um M-346 na Itália em 2022 (Reprodução/Twitter)

Assim como o A-1, o M-346 é um jato subsônico, mas que foi concebido para treinamento avançado e por isso possui dois assentos.

O projeto foi desenvolvido pela Aermacchi em parceria com a russa Yakovlev, onde foi batizado como Yak-130. As duas empresas acabaram se separando e cada uma seguiu com sua aeronave.

O M-346 é atualmente operado pela Itália, Polônia, Catar, Grécia, Israel e Cingapura.

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  1. eu não entendo que possuímos a terceira maior fabricante de aviões no mundo Embraer e o Brasil ainda não tenha desenvolvido um a avião de caça militar, tendo que ficar comprando desses países que enrrolam p entregar como o gripens e possuam componentes que depois ficam questionando o Brasil como USA no gripens e a Alemanha no tanque. nós possuímos tecnologia suficiente para fazermos até melhor.

  2. Marinha? Se nosso Almirantado gosta tanto de brincar de aviãozinho, deveria se dedicar a uma aviação anti-navio com aeronaves de longo alcance, não essa tara de caças para um futuro possível porta-aviões. E depois da palhaçada dos EUA em relação a compra dos Gripen, devemos repensar essa coisa de comprar armas do chamado ocidente.

  3. O caça FA-50 é superior ao caça M-346 e poderia ser uma excelente opção de substituição do AMX. Além disso, a parceria poderia resultar em mais aquisições do KC-390 da Embraer, além da possibilidade de produção nacional do FA-50 e a participação no desenvolvimento do caça KF-21 de maneira que o Brasil poderá ter um caça superior na próxima década.

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