Itapemirim compra empresa de táxi aéreo e encurta caminho para entrar na aviação

Novo empreendimento do grupo rodoviário, ITA Transporte Aéreos deve estrar no mercado em 2021
(Reprodução/Linkedin)
Maquete de avião com as cores da empresa aérea do grupo Itapemirim (Reprodução/Linkedin)

Novo empreendimento da Viação Itapemirim, a ITA Transportes Aéreos agora é proprietária da América do Sul Táxi Aéreo, uma empresa do mesmo grupo controlador da companhia aérea sub-regional Asta Linhas Aéreas.

“O Grupo Itapemirim confirma a aquisição da América do Sul Táxi Aéreo. A companhia foi incorporada com o nome Itapemirim Transportes Aéreos”, informou a Itapemirim, hoje uma das maiores transportadoras rodoviárias do Brasil.

Em contato com o Airway, a Asta confirmou a conclusão do negócio com a ITA, mas não divulgou os valores da transação. A empresa ainda ressaltou que a venda de sua divisão de táxi aéreo não altera o andamento de seus negócios e não inclui a transferência de aviões para o grupo Itapemirim – a Asta possui três Cessna Caravan, que eram compartilhados com a divisão de táxi aéreo.

Ao adquirir uma empresa aérea que já existe, o grupo Itapemirim conseguiu um atalho para entrar no mercado de aviação. A América do Sul Táxi Aéreo possui o certificado RBAC 135 da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), para a realização de táxi aéreo. Essa homologação pode ser alterada para o padrão RBAC 121, que autoriza a operação de voos comerciais regulares.

Com a certificação para operações comerciais, a empresa aérea do grupo Itapemirim pode iniciar os trabalhos para criar sua malha de voos e começar os processos de aquisição de aeronaves. O modelo mais cotado para voar com a nova empresa é o jato Airbus A320. O início das atividades da ITA é previsto para o primeiro semestre de 2021.

A ITA Transportes Aéreos será a terceira empreitada da Itapemirim na aviação comercial. Nos anos 90, a empresa operou uma subsidiária de carga aérea com jatos Boeing 727, mas que durou pouco tempo. Já em 2017, o grupo tentou adquirir a regional Passaredo (atual VoePass), mas o negócio acabou desfeito. Desta vez tudo leva a crer que o projeto é mais bem planejado.

Veja mais: O que mudou na aviação comercial após o 11 de setembro?

 

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  1. Que bela falácia.
    O processo de certificação Rbac 121 é totalmente independente do 135. Trata-se de processo novo, que começa do zero e dificilmente leva menos que 1 ano.

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