O ministério da defesa do Japão anunciou formalmente na última sexta-feira (16/8) a seleção do avião de combate furtivo Lockheed Martin F-35B, fabricado nos Estados Unidos, como parte de seu plano para adquirir aeronaves de decolagem curta e pouso vertical (STOVL).
O processo de aquisição das aeronaves vinha sendo negociado desde dezembro de 2018, quando o Japão decidiu comprar 42 caças F-35B para equipar sua marinha. Cada caça vai custar aos cofres japoneses cerca de US$ 130 milhões.
As aeronaves serão operados a partir dos navios porta-helicópteros da classe Izumo que serão adaptados como porta-aviões para abrigar as novas aeronaves de combate. Duas embarcações serão convertidas com rampas de decolagem (ski-jump) até meados de 2020.
O anúncio da compra dos caças ocorre em meio à escalada militar da China, que vem aumentando seu efetivo militar próximo as ilhas no sul do Japão, onde o número de bases aéreas com longas pistas é limitado. Com as aeronaves embarcadas, as forças armadas japonesas poderão reforçar sua capacidade de defesa na região.
O Japão é um dos países que participa do programa de desenvolvimento do F-35 e já conta com unidades da versão F-35A, que opera em pistas convencionais. Outro modelo da série é o F-35C, projetado para operar a partir de porta-aviões com sistemas de catapulta e cabos de contenção (Catobar).
Poder aeronaval japonês
A confirmação da compra de caças F-35B e a conversão dos navios da classe Izumo vai fazer o Japão retomar sua capacidade de operar aviões de combate a partir de porta-aviões, algo que não ocorre no país desde o final da Segunda Guerra Mundial.
O Japão foi a primeira nação do mundo a lançar ao mar um porta-aviões projetado para tal função, o Hosho, em 13 de novembro de 1921. Durante a Segunda Guerra Mundial, a marinha japonesa operou um total de 21 embarcações desse tipo e apenas quatro modelos resistiram até o fim dos combates.
A ação mais célebre do Japão utilizando porta-aviões durante o conflito mundial foi o ataque a Pearl Harbor. A operação foi realizada com o auxílio de seis navios aeródromos, que lançaram mais de 400 aeronaves para atacar a base militar dos EUA no Havaí.
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