Dono de um poderosa frota de porta-aviões durante a Segunda Guerra, o Japão se viu privado do poderio naval após o fim do conflito.
No entanto, as crescentes tensões com Coreia do Norte e sobretudo a China na região têm motivado o governo do país a mudar o posicionamento defensivo para ampliar a capacidade de resposta militar das suas forças armadas.
Entre as iniciativas em curso estão a participação no projeto Global Combat Air Programme (GCAP), que dará origem a um caça de 6ª geração desenvolvido em conjunto com o Reino Unido e a Itália, mas o Japão almeja ter novamente porta-aviões.
A Japan Maritime Self-Defense Force (Marinha de Auto Defesa do Japão) iniciou a conversão de dois contratorpedeiros multifuncionais da classe Izumo para que possam operar caças Lockheed Martin F-35B, de Decolagem e Pouso Vertical ou Curto (V/STOL).
As embarcações, que já possuem um convés de voo desenhado para operar helicópteros, tiveram a área ampliada na proa para acomodar aeronaves de asa fixa.
Considerados como ‘porta-aviões leves’, o JS Izumo e JS Kaga têm deslocamento padrão de 20.000 toneladas e deverão receber os primeiros F-35B a partir de março de 2025. O país tem planos de adquirir 42 desses caças, além dos F-35A já em serviço.
Ensaios com a Marinha dos EUA
Para avaliar as modificações e também treinar seu pessoal, a Marinha japonesa realizou um primeiro teste de operação com um F-35B em 2021 no JS Izumo.
Já no começo deste mês, o JS Kaga, que saiu da sua reforma em março, navegou até o litoral de San Diego, na Califórnia, para realizar novos ensaios com o F-35B dos Fuzileiros Navais dos EUA.
O primeiro pouso ocorreu em 20 de outubro após o Kaga receber material resistente ao calor que tolera os motores de empuxo vetorial do F-35B, além da instalação de luzes para operações noturnas e a remodelação da proa do convés de voo.
Embora menores e mais limitados, os dois porta-aviões convertidos são os primeiros do Japão após o fim da Segunda Guerra e serão utilizados para estreitar o trabalho conjunto com a Marinha dos EUA.
Não está claro ainda se a Marinha japonesa poderá no futuro lançar ao mar porta-aviões maiores, concebidos desde o princípio para essa missão mas, diante dos desafios no Pacífico, essa hipótese parece cada vez mais real.
os porta helicópteros dos EUA semelhantes aos japas já operavam o Harrier e devem mudar para F35 ou seja mais uma opção para o Brasil se eh que os F35 tem preço proibitivo para nós