Maior avião já desenvolvido no Japão, o cargueiro militar Kawasaki C-2 pode entrar na lista de compras da força aérea dos Emirados Árabes Unidos. No entanto, antes de assinar o cheque e encomendar a aeronave, a nação do Oriente Médio quer ver como ela se comporta em pistas não pavimentadas, um requisito que não está previsto no projeto japonês.
Em março deste ano, o Ministério da Defesa japonês, na tentativa de convencer os árabes, submeteu o C-2 a testes de pousos e decolagens em uma pista de terra na ilha de Honshu, no sul do Japão, e informou que os resultados foram satisfatórios. A próxima etapa, programada para outubro, será uma bateria de ensaios com a presença de representantes dos Emirados, que podem ser o primeiro cliente estrangeiro do avião produzido pela divisão aeroespacial da Kawasaki.
Outra empresa supostamente interessada em suprir a necessidade do país árabe é a Airbus, que oferece o quadrimotor turboélice A400 Atlas. Ao contrário do C-2, o avião militar europeu desde o início foi projetado para operar em terrenos acidentados.
O C-2 foi concebido para ser o sucessor do cargueiro militar Kawasaki C-1. A aeronave entrou em serviço com a Força Aérea de Autodefesa do Japão em 2016 e a frota já conta com 11 aparelhos. Até 2024, os japoneses pretendem adquirir mais 20 unidades.
Embora seu desempenho supere amplamente a performance do C-1, com um alcance quatro vezes maior e o triplo da capacidade de carga, o C-2 não foi desenvolvido especificamente para pousar e decolar em pistas irregulares. Esse requisito foi excluído do projeto para reduzir os custos e o tempo de desenvolvimento da aeronave, que voou pela primeira vez em 26 de janeiro de 2010.
Veja mais: Caça mais avançado dos EUA, F-22 Raptor será modernizado