Em meio à apresentação dos resultados preliminares do terceiro trimestre, o novo CEO da Boeing, Kelly Ortberg, fez anúncios duros para a companhia nos próximos anos.
O executivo-chefe da fabricante dos EUA afirmou que haverá um corte de cerca de 10% na força de trabalho da empresa, algo como 17.000 funcionários.
Há um mês, a Boeing enfrenta uma greve na região onde ficam as tradicionais fábricas de Renton e Everett, em Washington, e que reúnem cerca de 33.000 funcionários sindicalizados.
As negociações chegaram a um impasse nos últimos dias quando a Boeing retirou uma oferta de aumento salarial de 30% dentro dos próximos quatro anos após resistência dos funcionários, que pedem um reajuste maior.
Embora o reflexo nas entregas ainda não tenha sido sentido, as duas linhas de montagem são responsáveis pela produção do 767, 777 e do 737.
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Além da greve, a empresa também passa por um longo escrutínio público após falhas graves e que tem afetado o cronograma de desenvolvimento das novas aeronaves comerciais como o 737 MAX 7, o 737 MAX 10 e novo widebody 777X.
Sem surpresas, Ortberg anunciou mais um atraso na entrada em serviço da família 777X. Segundo ele, a variante 777-9, que está em processo de certificação, só será entregue para os primeiros clientes em 2026.
O cargueiro 777-8F, que tomará o lugar do popular 777F, foi postergado para 2028.
A Boeing também confirmou que a produção do 767F será encerrada em 2027 após entregar 29 aeronaves restantes, restando apenas a linha de montagem do avião-tanque KC-46A.
“Decisões difíceis”
O CEO citou a recente suspensão dos voos das aeronaves de testes do 777-9 causadas por um problema estrutura nos suportes dos motores com um dos motivos para o atraso no programa. Mas Otberg também culpou a “paralisação dos trabalhos” por isso.
“Restaurar nossa empresa exige decisões difíceis e teremos que fazer mudanças estruturais para garantir que possamos permanecer competitivos e atender nossos clientes a longo prazo”, disse Kelly Ortberg.
As duras decisões ocorrem após a Boeing registrar perdas recordes de US$ 5 bilhões no terceiro trimestre.
A classificação de crédito da empresa e suas ações na bolsa de valores enfrentam sérias dificuldades enquanto a Boeing avalia a venda de ações e títulos patrimoniais para levantar bilhões de dólares.
Parece que, em vez de se unirem à empresa para resolver os problemas decorrentes tanto das falhas de controle de qualidade como também de erros individuais de funcionários das equipes de montagens, os sindicalizados procuram “quebrar” a empresa e ficarem sem trabalho. Vai entender o que se passa na cabeça dessa corja sindicalizada. Deveriam colocar na cabeça desses idiotas que é um momento de união e não de brigas e também colocar na cabeça deles que nenhuma outra empresa contrataria alguém que não fizesse 100% o seu trabalho.