Durante a conferência com seus investidores que ocorreu na quarta-feira, 2 de novembro, a Boeing não apenas abordou sua situação financeira e o andamento dos atuais programas, mas também os planos para novos aviões comerciais.
A postura da fabricante, no entanto, foi um balde de água fria em que esperava que um “797” fosse surgir nos próximos anos. Dave Calhoun, CEO da Boeing, foi enfático em afirmar que o foco da empresa será por muito tempo tornar o 737 e o 787 aeronaves eficientes e seguras.
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“Não contemplaremos um novo avião nem o colocaremos na prancheta até sabermos que somos capazes de fazer isso”, disse o executivo-chefe, que assumiu o comando da Boeing no tempestuoso período em que o 737 MAX estava aterrado e o 787, com problemas na linha de montagem.
Calhoun argumentou que o momento na indústria é disruptivo, com tecnologias zero carbono sendo estudadas, mas que nada disso deve ficar pronto até o final dos anos 2020. “Não há nada a respeito de propulsão que será entregue nesta década”, afirmou.
Segundo o CEO, uma aeronave de nova geração terá de garantir uma economia de 20% a 30% em relação aos atuais modelos. Para obter essa meta, será preciso ainda atender a limites de emissões mais rígidos.
A Boeing coloca suas fichas em ferramentas de modelagem digital que estão sendo usadas atualmente em projetos militares. Com elas, a empresa pretende obter maior eficiência e assertividade no desenvolvimento e produção de uma aeronave comercial avançada, mas a tecnologia ainda está num estágio inicial.
Sobre o NMA (New Midmarket Airplane), apelidado de “797” e que seria um widebody de dimensões menores que o 787, Calhoun pontuou que a Boeing não está interessada em preencher lacunas e sim atingir um segmento inteiro. “Quero ter um produto que vai se diferenciar de uma forma que substitua absolutamente os aviões que vieram antes dele”, explicou.
Por fim, a fabricante dos EUA minimizou a opção pelo hidrogênio como combustível ideal para atingir as metas de emissão zero de carbono até 2050, como aposta a Airbus. “Eu não acho que o hidrogênio vai nos levar a esse ponto”, disse Calhoun, sem explicar qual alternativa a Boeing enxerga como mais promissora.
Esse imbecil não reconhece as merdas que fizeram, as decisões desastrosas e ainda fica subestimando as outras construtoras, só porque eles foram incompetentes em conduzir os seus projetos.