O Aerospace Technology Institute (ATI), do Reino Unido, revelou nesta segunda-feira (6) a primeira de três aeronaves conceituais movidas a hidrogênio, combustível considerado um dos mais promissores para zerar a emissão de carbono no transporte aéreo.
O projeto FlyZero propõe aeronaves com porte semelhantes aos atuais aviões comerciais movidos a querosene, mas que serão propulsionados por hidrogênio armazenados em tanques distribuídos pela parte traseira e lateral da fuselagem.
A configuração do primeiro deles, um jato widebody de longo alcance, lembra a aparência de ‘baleia’ graças ao diâmetro muito grande da fuselagem. A razão é que o hidrogênio precisa ser armazenado sob pressão e a 250 graus Celsius negativos em tanques criogênicos, o que impede que as asas sejam utilizadas para isso, como ocorre nos modelos atuais.
O jato de médio porte terá 54 metros de envergadura, poderá transportar até 279 passageiros e será movido por dois turbofans adaptados para funcionar com hidrogênio líquido.
A meta é que a autonomia seja bastante elevada, de 5.250 milhas náutcias (9.723 km), o suficiente para voar sem escalas entre Londres e Rio de Janeiro ou Pequim, por exemplo.
O ATI também mostrará no início de 2022 os conceitos de um jato de um corredor e um de avião regional. O projeto FlyZero pretende servir como base para o lançamento de futuros programas sustentáveis na aviação no Reino Unido.
“Esses projetos podem definir o futuro da indústria aeroespacial e da aviação. Ao trabalhar com a indústria, estamos mostrando que o vôo verdadeiramente livre de carbono pode ser possível, com o hidrogênio como favorito para substituir os combustíveis fósseis convencionais”, disse Kwasi Kwarteng, scretário de negócios do instituto.