Jato chinês C919 passará por avaliação para voar na Europa

Integrantes da agência europeia EASA visitarão a fabricante COMAC em julho para seguir com processo de certificação da aeronave rival do 737 e do A320
Um dos seis jatos C919 da China Eastern Airlines (CEA)
Um dos seis jatos C919 da China Eastern Airlines (CEA)

Membros da EASA, a autoridade de aviação civil europeia, deverão visitar as instalações da fabricante COMAC em Xangai em julho a fim de avaliar o jato comercial C919 em meio ao processo de certificação de tipo.

Segundo o South China Morning Post, uma comitiva de técnicos da agência irá acompanhar simulações de voo e ter encontros com a equipe de projetos da aeronave e da CAAC (Civil Aviation Administration of China), reguladora chinesa.

A esperança do governo chinês é conseguir a aprovação da EASA, o que abriria as portas para futuras exportações da aeronave, uma rival do Boeing 737 e do Airbus A320.

Atualmente apenas seis C919 estão em serviço, todos pela China Eatern Airlines (CEA), cliente que estreou a aeronave há pouco mais de um ano.

Mas a COMAC se prepara para expandir a taxa de produção a fim de dar conta de ao menos 300 pedidos da CEA e também da Air China e China Southern Airlines, maiores transportadoras do país.

Classe econômica do C919
Classe econômica do C919 (VIA)

Certificação de tipo sem prazo conhecido

Segundo fontes do site, a expectativa é que a certificação de tipo seja emitida entre o final do ano e o começo de 2025.

Mas há os que acreditam que é cedo para acreditar que o C919 conseguirá o aval europeu, como disse Luc Tytgat, diretor executivo interino da EASA, à Reuters em março.

O C919 foi desenvolvido utilizando muitos componentes ocidentais, incluindo o turbofan CFM Leap 1. Mas há projetos locais sendo tocados para reduzir essa dependência.

Siga o AIRWAY nas redes: WhatsApp | Telegram | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter

O motor Leap-1, usado no C919 (Xinhua)
O motor Leap-1, usado no C919 (Xinhua)

Mas se uma aprovação da EASA parece uma questão de tempo, a certificação de tipo pela FAA, dos EUA, é incerta.

China e os Estados Unidos têm imposto sanções a empresas dos dois países nos últimos tempos, em meio a um clima hostil relacionado a Taiwan e também diferenças sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia.

Além disso, a Boeing tem sido “punida” pelos chineses com proibições de entregas e demora para aprovar alguns jatos. Sem falar que as empresas aéreas chinesas há muito não fecham pedidos de aviões dos EUA.

Total
0
Shares
Previous Post
Boeing 757-200 cargueiro da FedEx

FedEx aposenta 22 jatos cargueiros Boeing 757-200

Next Post
Entrega do 2º KC-390 de Portugal (Embraer)

Portugal recebe o segundo Embraer KC-390 Millennium

Related Posts
Total
0
Share