Certificado recentemente pela agência de aviação civil da China para operar voos comerciais, o jato de um corredor C919 da fabricante estatal chinesa COMAC será apresentado ao público durante o show aéreo de Zhuhai, o maior evento de aviação do país asiático. A feira acontece entre os dias 8 e 13 de novembro.
De acordo com a organização do evento, o novo avião comercial chinês fará apresentações aéreas de 15 minutos em cada um dos seis dias do festival. O C919 também poderá ser conferido de perto pelo público em apresentação estática.
Está será a segunda aparição do jato da COMAC num evento de aviação na China. Em novembro de 2020, o C919 foi apresentado na convenção aérea de Nanchang, onde realizou um sobrevoo diante do público.
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Outros destaques da indústria aeronáutica chinesa no show aéreo de Zhuhai serão a apresentação do avião anfíbio de grande porte AG600 e do cargueiro militar Y-20, ambos produzidos pela fabricante estatal AVIC.
Avião chinês para o mercado chinês, por enquanto
Ainda sem grandes ambições internacionais, a COMAC tem como principal objetivo abastecer o mercado aéreo chinês, hoje o segundo maior do mundo e no caminho para se tornar o primeiro, superando os EUA. No futuro, a fabricante estatal pode tornar a China independente da compra massiva de aviões fabricados no Ocidente, como ocorre atualmente.
O C919 é projetado para competir na mesma categoria dos tradicionais Airbus A320 e Boeing 737, os jatos comerciais mais vendidos do mundo. Segundo dados da fabricante chinesa, o jato tem capacidade para embarcar até 168 passageiros e alcance de voo em torno de 4.000 km.
A COMAC informa em seu website (sem diferenciar pedidos firmes e opções de compra) que possui 815 pedidos pelo C919 de 28 compradores diferentes, sendo a maioria empresas chinesas. O cliente de lançamento do novo jato chinês será a China Eastern Airlines, que deve receber o primeiro exemplar da aeronave ainda este ano.
Um dos objetivos da fabricante é produzir 2.000 exemplares do C919 nos próximos 20 anos para atender o mercado doméstico. A meta parece ousada, mas é totalmente plausível por um motivo: o governo chinês controla a maioria das companhias aéreas do país e exigirá que elas comprem os produtos da COMAC, como já vem acontecendo com o jato regional ARJ21. Não à toa, a empresa estatal já tem uma lista de pedidos quase três vezes maior que a da Embraer.
Indústria do cabresto…se não comprar…20 anos na solitária…
Segundo a imprensa especializada, os aviões chineses são mais pesados que os ocidentais, devido ao pouco uso de materiais compostos.