O primeiro jato comercial de grande porte desenvolvido na China, o C919 vai decolar no primeiro quadrimestre deste ano, de acordo com a Commercial Aircraft Corporation of China, a COMAC, em notícia publicada no jornal chinês People’s Daily. A data exata do voo ainda não foi definida pela fabricante. Porém, fontes consultadas pela publicação local afirmam que o avião deve voar ainda neste mês.
Segundo a COMAC, o protótipo da aeronave foi transferido para o centro de testes de voo em Dongying, no leste da China, no final de 2016. A fabricante ainda confirmou que o modelo comercial já está pronto para as primeiras provas em solo.
Até o momento, o C919 acumula 570 encomendas, a maioria de empresas chinesas (apenas dois clientes estrangeiros encomendaram a aeronave). O cliente-lançador do avião será a companhia China Eastern Airlines.
Narrow-body chinês
O C919 é um jato de fuselagem estreita (“narrow-body”), bimotor e corredor único. Segundo a fabricante chinesa, a versão básica pode acomodar 158 passageiros divididos em duas classes ou 168 em classe única. A Comac ainda sugere uma configuração de “alta densidade”, com 174 assentos. Já o alcance do modelo padrão é 4.075 km ou 5.500 km na versão de alcance estendido “C919 All ECO”.
Apesar do esforço chines, os motores do C919 ainda são importados. O modelo recebeu um par de turbofans desenvolvido pela fabricante franco-americana CFM Internacional, uma joint-venture entre a GE Aviation e a Snecma. Com esse conjunto, a Comac espera que o avião alcance a velocidade de cruzeiro de 830 km/h.
C919 versus concorrentes do Ocidente
A aeronave chinesa tem medidas e peso muitos semelhantes aos do Boeing 737 e Airbus A320, modelos que dominam o nicho dos narrow-body. De acordo com a Comac, o C919 tem 38,9 metros de comprimento, 35,8 m de envergadura e pode decolar com peso máximo de 77 toneladas – tal porte é praticamente igual ao A320.
Já o Boeing 737 supera o modelo chinês em porte e capacidade apenas na versão 800, que tem 39,5 metros de comprimento e pode decolar com até 79 toneladas.
O preço sugerido do C919 pela fabricante chinesa também é convidativo, especialmente quando comparado aos dos concorrentes ocidentais: o jato chinês é avaliado em US$ 68 milhões, enquanto o Boeing 737-800 tem preço inicial de US$ 72 milhões e o Airbus A320 a partir de US$ 97 milhões.
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Os 4mi de dólares de diferença pra o B73 não compensam o investimento em estrutura para manutenção. Principalmente para as companhias que já formaram sua frota em volta de Boeings e Airbuses, apesar da comutação dos motores CFM. Se os chineses houvessem projetado propulsores próprios, aí é que limitariam as vendas aos limites nacionais de vez.
Em um país comunista não ter seu próprio propulsor , mostra que, independente da fala autoritaria o país é dependente de outras nações nos bens de consumo e que economicamente pode até ser o mais rico ,mais é o mais dependente e pagaria um preço alto se todas as nações obrigassem a CHINA a pagar suas taxas de exportações e importações .O BRASIL perde muito por não cobrar as tarifas aduaneiras de todo produto oriundo da CHINA