Jato da Embraer perde winglet durante o voo nos EUA

E175LR da empresa regional Envoy Air perdeu a ponta da asa direita após uma turbulência
Jato E175 usado pela American Airlines
Jato E175 usado pela American Airlines (Embraer)

Um jato Embraer E175LR operado Envoy Air, transportadora regional parceira da American Airlines, perdeu o winglet da asa direita enquanto voava de Charleston para Dallas, nos Estados Unidos, nesta terça-feira (3). Após perder o componente, a aeronave foi desviada para o aeroporto de Birmingham-Shuttlesworth, onde pousou com segurança.

Em resposta ao website Aerotime, a American Airlines afirmou que o winglet da aeronave se desprendeu da asa “após um possível problema mecânico durante uma turbulência no meio do voo”. Nenhum ocupante da aeronave ficou ferido no incidente.

Depois do pouso alternado, fotos do jato sem a ponta da asa direita registradas por passageiros do voo em questão surgiram nas redes sociais.

O E175LR envolvido no incidente voa com o registro N233NN. Trata-se de uma aeronave com relativamente pouco tempo de uso, fabricada em 2016. Segundo dados compilados pelo Airfleets, a Envoy Air possui 160 jatos Embraer em serviço, incluindo modelos ERJ-145, E170 e E175.

Qual é a função do winglet?

Introduzido na aviação comercial na década de 1990, o winglet tem como função principal reduzir o arrasto aerodinâmico dos aviões gerado pelo vórtice nas pontas da asa.

O dispositivo cria uma espécie de barreira que dispersa a corrente de vórtice, impedindo que ela retorne a asa. O componente também aumenta a sustentação e reduz os níveis de vibrações e ruídos da aeronave durante o voo.

Como o vórtice aerodinâmico atua na asa convencional (a esquerda) e na asa com winglets (Olivier Cleynen)

Ao diminuir o arrasto aerodinâmico, o consumo de combustível é reduzido, pois a aeronave equipada com winglets consegue voar exercendo menos esforço. Atualmente, o dispositivo é utilizado em praticamente todas as aeronaves comerciais da categoria narrow-body. O ganho em eficiência com o componente varia entre 1% e 5%, de acordo com o porte do avião.

Muitos jatos da Airbus, Boeing e Embraer saem de fábrica com winglets. O dispositivo também pode ser introduzido em aeronaves mais antigas. Até mesmo o Antonov An-2, projetado na década de 1940, já experimentou o componente.

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