Pouco mais de 20 anos após voar pela primeira vez, o ERJ 140 está perto da aposentadoria na American Airlines, de longe a maior operadora do raro jato de 44 lugares da Embraer. A informação foi revelada pelo site The Points Guy, que afirma que o último avião do tipo será retirado de serviço em maio.
A American Airlines é responsável pela criação do ERJ 140, uma versão ligeiramente mais curta do ERJ 145 por conta de restrições antigas da cláusula de escopo entre as companhias aéreas e os sindicatos de pilotos dos EUA. Em 2000, quando a aeronave foi lançada com uma encomenda de 130 unidades, o limite imposto era de 50 assentos, o que impedia o uso da variante original jato regional brasileiro.
A solução oferecida pela Embraer era simples: retirar duas fileiras de assentos do ERJ 145, o equivalente a 1,42 metro. Produzido na versão LR, de longo alcance, o ERJ 140 é capaz de voar sem escalas por 1.650 milhas náuticas (3.058 km).
Feito sob medida, o ERJ 140 acabou só encomendado pela American Airlines, por meio de sua coligadas como a Chautauqua Airlines, extinta em 2014, e a Envoy Air, atualmente a única a operar o modelo, com dez aeronaves ativas.
Atualmente, o avião da Embraer é o menor da frota da American Airlines, que passa por uma reformulação profunda, com a aposentadoria precoce de vários modelos como o MD-80, 767, 777 e A330.
Não será o fim da carreira do ERJ 140, no entanto, que também é operado pela companhia aérea Airlink, da África do Sul, além de alguns clientes menores. E a frota da American ainda pode ser repassada para outras empresas no futuro. Estima-se que 70 unidades ainda estejam em condições de voo, deste que é também chamado de ERJ-135KL.
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A foto da aeronave pertencente a Airlink que ilustra a matéria não é um ERJ 140, mas sim um ERJ 135.