Como esperado, a Embraer conseguiu a certificação de tipo do E195-E2, seu maior jato comercial, na China. A CAAC (Civil Aviation Administration of China), autoridade de aviação civil do país, aprovou a operação da aeronave pelas empresas aéreas.
É a mesma autorização que a Embraer obteve no ano passado para o E190-E2, versão intermediária da família E2. A importância do marco pode ser medida pelo fato que o rival A220, da Airbus, não ter ainda a certificação chinesa.
“Estamos entusiasmados em ter tanto o E190-E2 quanto o E195-E2 certificados pela CAAC. Dessa forma, estabelecemos as bases para progredir com as vendas no mercado chinês”, celebrou Arjan Meijer, Presidente e CEO da Aviação Comercial da Embraer.
O problema, no entanto, é que a Embraer não tem qualquer pedido pelos jatos E2 na China até o momento. As companhias aéreas chinesas têm feito encomendas basicamente de aeronaves da Airbus, empresa que mantém uma linha de montagem local.
A Boeing, cujos EUA estão em atrito constante com o governo chinês, a ATR e a Embraer têm tido dificuldades de aprovar acordos no país.
A China, por sua vez, está investindo na produção de aeronaves comerciais próprias. O jato regional ARJ21-700, da COMAC, já tem mais de 100 unidades em serviço e as entregas têm crescido ano a ano.
Em dezembro do ano passado, a mesma COMAC entregou o primeiro C919 de produção em série, para a China Eastern Airlines. Com porte semelhante ao A320neo e o 737 MAX, o jato deve se transformar na aeronave base do transporte aéreo chinês nos próximos anos.
A Embraer aposta em preencher o nicho entre o ARJ21 (90 assentos) e o C919 (164 assentos) para encaixar o E190-E2 e o E195-E2.
“Nossa equipe na China está avançando no trabalho com clientes potenciais. Há oportunidades significativas para o E2 no mercado local, uma vez que o jato é complementar ao ARJ21 e ao C919, aviões já fabricados na China”, explicou Meijer.
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Até mesmo uma linha de montagem na China foi cogitada pela Embraer, desde que haja demanda suficiente. A empresa já produziu o ERJ 145 no país, em parceria com a AVIC.
Espera-se agora que a certificação dupla dos E2 possa abrir caminho para as primeiras encomendas em vários anos de transportadoras chinesas.
Parabéns pela façanha conseguida pela Embraer mas vender alguma unidade serão “outros quinhentos”. Na minha opinião, ficarei surpreso se conseguir alguma encomenda. Acho muito difícil o governo chinês permitir que alguma cia aérea opte pelos E2 em vez do defasado ARJ21.
parece que a EMBRAER não aprendeu. negocios com chineses jamais alguém irá ter vantagem. assim que a produção de qualquer jato da EMBRAER for produzida na RPC, os trabalhadores irão aprender a fazer avião igual. pois os engenheiros aeronáuticos disfarçados de meros operários farão registros da produção.