O Japão teve seu auge na fabricação de aviões durante a Segunda Guerra Mundial e desde o fim do conflito a indústria aeronáutica tornou-se uma atividade modesta diante do conhecimento técnico e da capacidade de investimento do país.
Embora tenha colocado em serviço algumas aeronaves como o turboélice NAMC YS-11 (o Samurai), o caça F-1 ou o transporte tático Kawasaki C-2, as fabricantes japonesas não tiveram sucesso em torná-los populares.
A última tentativa frustrada foi feita pela Mitsubishi, que tinha ambições enormes com os jatos regionais SpaceJet, que iriam rivalizar com os E-Jets da Embraer.
A gigante japonesa, no entanto, acabou desistindo da empreitada em virtude do alto custo do programa e da dificuldade da empresa em lidar com os trâmites burocráticos de certificação.
Mas uma empresa do país conseguiu vencer esses obstáculos, a Honda. A famosa fabricante de motocicletas e automóveis decidiu entrar no mercado de aviação executiva no começo do século com uma aeronave incomum, o HondaJet.
Configuração de motores sobre as asas
Foram anos e anos de desenvolvimento até que o jato executivo da categoria leve entrasse em serviço, no final de 2015.
Desde então, o HondaJet tem retribuído o esforço contínuo da Honda. Em 31 de janeiro, a empresa celebrou em suas instalações em Greensboro, North Carolina, a entrega do 250º jato executivo, um marco impressionante para uma marca sem tradição no segmento.
Com uma configuração única, cujos motores ficam instalados em suportes acima das asas, o HondaJet possui uma aerodinâmica refinada e um espaço interno incomparável em sua categoria.
A Honda não descansou sobre os louros do projeto e tem aplicado aprimoramentos na aeronave, que passou a ter a versões Elite em 2018, Elite S em 2021 e no ano seguinte, a Elite II.
“O marco de 250 entregas não é apenas um número, mas uma narrativa de nossa busca constante por excelência e inovação”, disse o presidente e CEO da Honda Aircraft Company, Hideto Yamasaki.
“Estamos gratos pelo reconhecimento global e pela confiança que os clientes depositam no HondaJet,” acrescentou ele.
Siga o AIRWAY nas redes: WhatsApp | Telegram | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
Segundo a empresa, a frota global de HondaJet já ultrapassou as 210.000 horas de voo com uma disponibilidade de 99,7%.
Agora, a Honda se prepara para ampliar a família de aeronaves corporativas com o HondaJet Echelon, com maior capacidade de passageiros e autonomia e que deve brigar diretamente com o Phenom 300, da Embraer. A estreia do novo avião está prevista para 2028.