Jato regional “russificado” SJ-100 inicia testes de voo de certificação

Aeronave é uma variante com componentes locais do SuperJet original, mas protótipo ainda voa com motores ocidentais
Yakovlev SJ-100
Yakovlev SJ-100

A estatal russa United Aircraft Corporation (UAC) revelou que o primeiro voo de certificação do jato comercial SuperJet-100 (SJ-100) ocorreu nos últimos dias.

O único protótipo de matrícula 97021 decolou do Aeródromo de Zhukovsky para um voo de 2,5 horas e, segundo a empresa, tudo correu como esperado.

O SJ-100 é uma versão “russificada” do SuperJet, aeronave regional lançada nos anos 2000 em parceria com várias empresas ocidentais.

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Aeronave de testes decolou de Zhukovsky para início da certificação
Aeronave de testes decolou de Zhukovsky para início da certificação

As sanções à Rússia, no entanto, dificultaram a produção da primeira variante e o governo do país decidiu desenvolver um novo jato apenas com conteúdo local, inclusive os motores turbofan.

No entanto, a aeronave de teste atual ainda está equipada com um motor SaM-146, desenvolvido pela PowerJet, uma joint venture entre a Safran (França) e a NPO Saturn, da Rússia.

O motor definitivo do SJ-100 será o PD-8, mas o turbofan ainda não está liberado para voos. Segundo a UAC, os dois próximos protótipos já contarão com o PD-8.

A empresa estatal afirmou que o programa de testes prevê cerca de 200 voos de testes até o final de 2025.

Jato ainda usa motores ocidentais
Jato ainda usa motores ocidentais

“Hoje temos pedidos para mais de 150 aeronaves, sendo 90 aeronaves para o Grupo Aeroflot e 60 unidades de diversas companhias aéreas”, disse Andrey Boginsky, Diretor Geral da Yakovlev, “marca” que batiza o avião.

Mudança no acordo com a Aeroflot

A declaração de Boginsky, no entanto, vai contra ao que afirmou Sergei Aleksandrovsky, CEO da Aeroflot, que afirmou a uma rádio russa que a empresa aérea pretende transformar os 89 pedidos de SJ-100 em aeronaves MC-21, maiores e mais modernas.

A maior transportadora russa foi um dos primeiros clientes do SuperJet, porém, repassou toda a frota para a subsidiária Rossiya.

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  1. Só para avisar quem não entendeu: a Rússia e a China estão desenvolvendo de forma estatal suas aeronaves. E suas empresas aéreas estatais estão fazendo os pedidos, que seus governantes mandam. Então, onde se lê 100 pedidos para daqui um ou dois anos, se entende como entre dois a cinco unidades para dez anos ou mais. Isso se a Rússia não brigar com a China. Pois o modelo chinês, que não é lá essas coisas, mas parece pelo menos sincero, devem atropelar os modelos russos que estão com mais hora de enrolação que de desenvolvimento.

  2. Parabéns à Rússia por mais essa demonstração de Soberania e Capacidade Tecnológica ! Quem quer ser independente de verdade faz assim mesmo: peita quem quer que seja, sem medo de errar, sem medo de retaliações ! Para quem se respeita e tem vergonha na cara, a verdadeira conquista da Liberdade é só uma questão de tempo ! Não tem essa de aceitar ser uma simples montadora de aviões, totalmente dependente de componentes estratégicos estrangeiros (motores, aviônicos etc). Viva a G.r.a.n.d.e.R.ú.s.s.i.a !

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