A Rússia realizou nesta semana uma grande cerimônia para marcar o rebatismo da fabricante de aeronaves comerciais Irkut como “Yakovlev”, na tentativa de criar uma marca unificada no segmento.
Dentro dessa estratégia, os jatos comerciais MC-21 e o SSJ-NEW passaram a fazer parte do portfólio da Yakovlev.
O SSJ-NEW, no entanto, ganhou nova denominação, SJ-100. Uma aeronave do modelo, já pintada com as novas cores, exibia a designação oficial da variante produzida apenas com conteúdo local.
Mais tarde, a empresa confirmou à mídia russa que o jato regional, um antigo rival da Embraer, será chamado dessa forma.
Idas e vindas
O SuperJet, ou SSJ100, nasceu na década passada como um projeto de aeronave comercial russa com potencial de exportação. A responsabilidade pelo programa foi assumida pela Sukhoi, mais conhecida por caças como o Su-27 e aviões de ataque como o Su-24 e o Su-25.
A empresa estabeleceu uma joint venture com grupos italianos para vender o SuperJet em outros mercados, mas a empreitada não foi bem sucedida.
A tomada da Criméia, parte do território da Ucrânia, em 2014, começou a complicar a produção do SSJ100, que foi concebido com diversos componentes ocidentais, incluindo o motor SaM146, produzido em parceria com a Safran.
Antes mesmo da invasão militar à Ucrânia, a Rússia já havia estabelecido o projeto do SSJ-NEW, uma versão doméstica do SuperJet apenas com partes produzidas no país, a fim de driblar sanções econômicas.
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O agora SJ-100 está no momento prestes a iniciar os testes em voo, mas ainda equipado com motores SaM146 já que o turbofan PD-8 não está pronto.
A meta da UAC, holding que controla a Yakovlev, é entregar os primeiros jatos SJ-100 em 2024.