Jatos 787, A330-900 e A350 dominam retomada de voos internacionais no Brasil

Mais eficientes, mas também de leasing mais caro, widebodies de nova geração estão sendo priorizados pelas companhias aéreas que voam para o país
Boeing 787-9 da KLM: aeronaves de nova geração são maioria nos voos para o Brasil no pós-pandemia (Jeroen Stroes Aviation Photography)
Boeing 787-9 da KLM: aeronaves de nova geração são maioria nos voos para o Brasil no pós-pandemia (Jeroen Stroes Aviation Photography)

Para quem precisa ou conseguiu marcar voos internacionais nas últimas semanas a partir do Brasil ao menos uma boa notícia. Por conta da queda brutal na demanda de passageiros causada pela pandemia do coronavírus, a maior parte das companhias aéreas que retoma seus voos para nosso país está escalando jatos de nova geração nas rotas de longo alcance.

Trata-se de uma evolução feita às pressas na esteira da aposentadoria de aeronaves mais antigas e ineficientes como os quadrimotores 747 e A340 e mesmo birreatores como o A330 e o 767. Além disso, pesa também a procura ainda baixa em alguns trechos, o que acabou obrigando certas empresas a reduzir a oferta em rotas que antes comportavam aviões de maior capacidade. Um exemplo é o da British Airways, que antes operava com o 777 entre Londres e São Paulo e agora voa com o 787-9.

A dupla Air France-KLM é outra que tem feito uso de seus novos A350 (Charles de Gaulle-Guarulhos) e 787 (Paris-Rio e Amsterdam-Rio) para o Brasil. A exceção ainda é o voo São Paulo-Amsterdam, que tem sido feito com um 777. Por falar em exceção, a Lufthansa tem mantido o Jumbo no voo Frankfurt-Guarulhos, alternando a versão -400 com a mais moderna 747-8. Sua parceira, a Swiss, também voa para São Paulo com o ‘triple seven’ já que a companhia não tem nenhum widebody de nova geração.

A TAP, por sua vez, está escalando o A330-900neo na sua malha transatlântica. Mais eficiente que o A330-200, o jato da Airbus voa para São Paulo, Rio, Recife e Fortaleza, por exemplo. É o mesmo avião que a Azul está operando nos voos para Fort Laudardale e Lisboa a partir de Viracopos. Há ainda a Air Europa que já vova com o 787 antes da pandemia.

A Qatar está voando com o A350-1000 entre São Paulo e Doha (jounigripen)

EUA, África e Oriente Médio

As três companhias aéreas dos EUA, entretanto, estão com estratégias diferentes atualmente. A United tem mantido mais rotas e usados sobretudo o 787-9 em rotas como Houston-São Paulo e Nova York-SP, mas manteve o 777 no voo para Chicago. A American Airlines por enquanto voa apenas entre Guarulhos e Miami com o 777 enquanto a Delta utiliza o A330-300 entre a capital paulista e seu hub em Atlanta. Ainda na região, a Aeromexico tem voado para o Brasil com o 787-9 e a Air Canada usa o mesmo avião para o recém retomado voo para Toronto.

Na África, a Royal Air Maroc e a Ethiopian usam o Dreamliner nos voos para São Paulo, por outro lado, a TAAG voa com o 777-300. No Oriente Médio, a Emirates trocou o A380 pelo 777 no voo entre Dubai e Guarulhos enquanto a Qatar está operando o A350-1000 na rota Doha-SP.

Maior companhia aérea da América Latina, a LATAM tem escalado um mix de aeronaves em seus voos internacionais. Há rotas com o A350 (Frankfurt e Madri), 777-300 (Londres e Miami) e 767 (Lisboa), mas até Nova York está sendo operado com o 787 da divisão chilena.

A Azul tem priorizado seus A330-900 nas poucas rotas internacionais ativas (Airbus)

Veja também: Azul e Gol voltarão a voar para Fernando de Noronha

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