Jatos da Embraer ganham impulso com ampliação de aeroporto de Londres

Governo do Reino Unido aprovou pedido para ampliar voos no London City Airport e determinou que aviões E2 e o Airbus A220 sejam os únicos usados
O E195-E2 em sua primeira visita ao London City Airport em 2022
O E195-E2 em sua primeira visita ao London City Airport em 2022 (Embraer)

A Embraer e a Airbus deverão se beneficiar da aprovação da ampliação dos voos no London City Airport, aeroporto central da capital do Reino Unido.

O Ministério da Habitação, Comunidades e Governo deu aval para que o aeroporto localizado a menos de 10 km do centro financeiro de Londres possa atender até 9 milhões de passageiros por ano contra 6,5 milhões do atual limite.

Para isso serão permitidos mais voos entre 6h e 9h, mas desde que sejam operados por aeronaves de nova geração.

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Airbus A220 no London City Airport
Airbus A220 no London City Airport

A determinação governamental, inclusive, cita os jatos E190-E2 e E195-E2, da Embraer, e A220-100 e A220-300, da Airbus, além de futuros aviões que possam atender aos requisitos de poluição sonora.

A expansão, portanto, deverá gerar uma demanda extra para Embraer e Airbus que já respondem pela maioria dos voos do London City, sobretudo a fabricante brasileira.

Atualmente operam no aeroporto com E-Jets a British Airways, KLM, Air Dolomiti, Helvetic Airways e LOT.

O A220 é utilizado pela ITA Airways e pela Swiss, enquanto algumas outras companhias aéreas voam com turboélices ATR e Dash 8.

London City Airport: mesmo com pista maior, aeroporto central de Londres limita tamanho de aviões e ruído para funcionar no meio da cidad
London City Airport: mesmo com pista maior, aeroporto central de Londres limita tamanho de aviões e ruído para funcionar no meio da cidade (Aleem Yousaf)

Voos de curta distância

O pedido da administração do aeroporto de ampliar os voos aos sábados das 12h30 para 18h30, no entanto, não foi aceito pelo governo.

A decisão de ampliar as operações no London City gerou protestos de ativistas ecológicos que consideram que o aeroporto irá provocar maior poluição no entorno.

Houve também críticas em relação ao estímulo ao transporte aéreo em rotas que são também atendidas por trens.

Segundo uma análise do jornal The Guardian, mais da metade das viagens a partir do London City podem ser feitas por trens em seis horas ou menos.

Regras duras de Londres tornariam Congonhas um deserto

O London City é uma mistura de Congonhas com Santos Dumont. Possui uma única pista de 1.500 metros e é cercado pela mancha urbana na região leste de Londres.

Para mantê-lo ativo, no entanto, o governo instituiu limites de poluição sonora que obrigam os aviões não apenas serem silenciosos mas realizarem aproximações mais íngremes.

Aeroporto de Congonhas, em SP (Infraero)
Aeroporto de Congonhas, em SP (Infraero)

Também há um limite quanto ao tamanho das aeronaves que hoje não passam de 140 assentos.

Por fim, a quantidade de voos e os horários dos slots impedem um grande movimento. Basta dizer que o atual limite é um quarto do movimento de Congonhas.

Se as mesmas regras fossem aplicadas ao aeroporto paulistano, somente a Azul voaria a partir dele, além de regionais com turboélices.

O ruído comum em bairros como Jabaquara, Campo Belo e Moema também seria bem menor, aliviando os ouvidos dos moradores.

No entanto, o governo brasileiro, em vez de limitar, está expandindo os voos em Congonhas e aviões maiores devem voltar a operar no aeroporto em breve.

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  1. Tudo é uma questão de ponto de vista em relação a Congonhas. O aeroporto chegou primeiro e os que se mudaram para as imediações, em conluio com uma prefeitura interessada em tão somente arrecadar em vez de fazer um planejamento urbano, sabiam muito bem onde estavam “se metendo”. Parem de reclamar ou se mudem para outro lugar.

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