A enorme demanda por viagens aéreas no mundo e os problemas de infraestrutura e mão de obra que acometem empresas aéreas e aeroportos têm motivado ações emergenciais para dar conta do crescimento da procura por passagens.
Uma das iniciativas tomadas por algumas companhias aéreas tem sido contar com os E-Jets, os jatos comerciais da Embraer que possuem uma capacidade de passageiros adequada para rotas alimentadoras.
A TAP, por exemplo, já confirmou a intenção de receber mais seis E-Jets, sem especificar de quais versões. Atualmente, a principal companhia aérea portuguesa opera nove E190 e quatro E195, com 108 e 116 assentos, respectivamente. Segundo disse a CEO da empresa, Christine Ourmières-Widenero, ao site Sam Chui, os jatos reforçarão o hub da TAP em Lisboa.
Outra grande operadora dos aviões brasileiros, a KLM Cityhopper, encontrou outra forma de ampliar sua frota da Embraer. A companhia aérea holandesa fechou um wet-lease com a German Airways para ter dois E190 em serviço em sua malha aérea.
O modelo de aluguel wet-lease inclui avião, tripulação e outros custos e é uma forma de incorporar rapidamente mais oferta de assentos. A KLM está sob pressão por conta da alta demanda de passagens que afetou seus voos recentemente.
Reforço na África do Sul
Longe da Europa, a situação não é muito diferente. A companhia aérea sul-africana Airlink, grande cliente da Embraer, assinou um contrato de leasing com a Nordic Aviation Capital (NAC) nesta semana para receber três E195.
A Airlink com isso irá suprir a lacuna deixada pelo fim da Comair, uma companhia aérea de baixo custo que operava como franquia da British Airways e que encerrou suas atividades em maio.
A procura pelos jatos de primeira geração da Embraer já ocorria até mesmo antes da pandemia, mas parece ter ganhado força nos últimos tempos, enquanto a fabricante tenta encontrar clientes para a nova geração, os E2.